Governador defende escolas militares e anuncia ampliação
Mesmo após decisão do presidente Lula (PT) para desmilitarizar escolas no país, governador Mauro Mendes (União) declarou, na segunda-feira (24), que está trabalhando para ampliar o número de unidades neste modelo em Mato Grosso. Para Mendes, escolas militares não têm diferença com outras públicas, exceto pela “disciplina” e “respeito”.
Decreto informando o encerramento do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi publicado no início de julho. Documento não impede existência de escolas militares, porém estas não serão mais mantidas pelo governo federal. Mato Grosso tem 7 unidades militares, sendo que só uma, em Barra do Garças (509 km ao leste de Cuiabá), era mantida pela União. Outras ficam em Cuiabá, Rondonópolis, Cáceres e Várzea Grande.
As escolas que temos aqui não eram mantidas pelo governo, só tínhamos uma e vamos manter. Não tem diferença com outras escolas. Nos cívicos militares temos os mesmos professores, não é nenhum professor que vem de outro planeta, não é um militar. Todos professores são do estado ou contratados pela Seduc. Qual a diferença da militar? É que lá a palavra, disciplina e respeito é palavra de ordem”, disse Mendes.
Para o governador, as regras de uma escola nesse modelo mudam até mesmo o comportamento dos alunos. Segundo ele, alunos respondem “sim, senhor”, dão “bom dia”, têm “educação” com o professor. Mauro não disse datas e nem cidades que receberão a ampliação de escolas.
Recentemente, o Gazeta Digital fez uma enquete com a pergunta: “Decreto federal extinguiu escolas militares no país, mas as sob gestão estadual seguiram em funcionamento em Mato Grosso. O que você acha disso?”, tendo como opções respostas: manter abertas, manter todas convencionais e tanto faz.
Com 66%, a maioria dos leitores defende as escolas militares.
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