MT encerra o primeiro semestre com deflação na construção civil Depois de meses seguidos de variação positiva, houve retração de 0,23 em maio, ampliando para 0,27% em junho
Mato Grosso repetiu o desempenho de maio e encerrou o primeiro semestre deste ano com deflação no setor da construção civil, segundo dados do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE.
Depois de meses seguidos de variação positiva, houve retração de 0,23 em maio, ampliando para 0,27% em junho.
Ainda assim, o Estado segue mantendo o segundo maior preço do Centro-Oeste para a construção do metro quadrado (m²): R$ 1.765,77.
Mato Grosso mantém o preço médio acima da média do Brasil e do Centro-Oeste, que conforme o IBGE foi de R$ 1.706,50 (+1,62%) e de R$ 1.739,19 (+0,95%), respectivamente.
No Centro-Oeste, o Distrito Federal segue liderando o ranking de preços: R$ 1.796,19, alta anual de 2,01%.
Mato Grosso vem na sequência. Goiás teve alta de 2,23% - a maior da região no acumulado de janeiro a junho – fechando o valor médio do m² em R$ 1.710,73.
Mato Grosso do Sul registra retração de -0,68% - a maior do período – e R$ 1.662,22, mantendo o menor valor médio da região no segmento.
Ainda conforme o Sinapi, dos mais de R$ 1,76 mil por m² construído no Estado, a maior parte refere-se à parcela materiais, R$ 1.096,78 – chegou a R$ 1.111,73 em fevereiro desse ano, um recorde na série histórica local – e outros R$ 668,99 à mão de obra, cuja média está estável desde abril.
BRASIL - O Sinapi apresentou variação de 0,39% em junho, um aumento de 0,03 ponto percentual (p.p.) em relação a maio (0,36%).
Dessa forma, nos últimos 12 meses, a alta é de 4,82%, bem abaixo dos 6,13% registrados nos doze meses imediatamente anteriores e se equiparando ao patamar pré pandemia.
O acumulado no ano registrou 1,62%. Em junho do ano passado, o índice mensal foi de 1,65%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 1.699,79, passou em junho para R$ 1.706,50, sendo R$ 1.001,63 relativos aos materiais e R$ 704,87 à mão de obra.
“Os materiais estão apresentando desaceleração com índices negativos em janeiro, maio e junho. E em muitos estados houve variações negativas nos preços de diversos produtos. É o mercado retornando a um cenário mais comportado, sem a influência de uma situação atípica como a pandemia, em que houve uma alta expressiva nos materiais. Agora eles estão tendo um comportamento mais próximo do período pré-pandemia. Uma prova é que os índices acumulados têm caído constantemente”, diz o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.
Apesar da deflação da parcela dos materiais em vários estados, a parcela de mão de obra com a taxa de 1,36% acabou contribuindo para a alta do indicador mensal.
A alta na parcela de mão de obra foi influenciada por oito acordos coletivos firmados este mês:Rondônia, Acre, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás.
Com isso, houve aumento de 0,12 ponto percentual em relação ao mês de maio (1,24%).
Com relação a junho de 2022, houve queda de 0,99 ponto percentual (2,35%).
“São Paulo também teve uma pequena variação na parcela de mão de obra, possivelmente ainda reflexo do dissídio do mês passado.
Mas os destaques foram Santa Catarina e Espírito Santo, que também tiveram alta na parcela dos materiais.
O Espírito Santo registrou a maior taxa em junho, 2,54%. Seguido por Santa Catarina (2,38%)”, completa Oliveira.
A região Sul, com alta na parcela dos materiais em todos os estados e reajuste observado nas categorias profissionais em Santa Catarina, ficou com a maior variação regional em junho, 0,98%.
As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,44% (Norte), 0,66% (Nordeste), -0,04% (Sudeste) e 0,49% (Centro-Oeste).
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