Empresário acusa prefeito de cobrar 10% de propina
Prefeito de Diamantino (208 km a médio-norte de Cuiabá), Manoel Loureiro Neto (MDB), é acusado de cobrar 10% de propina para pagamento dos serviços da construtora do empresário Alessandro Souza de Carvalho.
Gestor municipal foi alvo da Operação Avaritia deflagrada pelo Núcleo de Ações e Competências Originárias (Naco) nessa terça-feira (15).
Ministério Público de Mato Grosso cumpriu mandados de busca e apreensão contra o prefeito, que, à época, disse estar surpreso com a ação.
Decisão que liberou a operação traz informações apresentadas pelo empresário. Ao Ministério Público, Alessandro apontou que sua empresa venceu 3 licitações da Prefeitura de Diamantino e que, desde 2022, gestor passou a cobrar propina para liberação dos pagamentos à empresa.
"O comunicante [empresário] apontou que 'os pedidos de propina por parte do gestor municipal' se iniciaram de forma tímida, sob o nome de 'ajuda de custo', e evoluíram até o montante de 10% sobre o valor de cada medição apresentada", narra trecho da decisão.
Apontamento do empresário sinaliza que, além do prefeito, o motorista do gestor, Fernando Tenório Cavalcante dos Santos, também estaria envolvido no esquema. Funcionário seria "pessoa de confiança" de Manoel e, inclusive, recebia os valores na ausência do chefe.
Conforme divulgado pela reportagem, vídeo do prefeito contando dinheiro supostamente proveniente de propina foi divulgado nesta quinta-feira (17). Na gravação, o gestor negocia a pintura de uma creche enquanto contabiliza as notas.
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