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Segunda - 28 de Agosto de 2023 às 10:20
Por: Alecy Alves/Diário de Cuiabá

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Integrantes do
Integrantes do "Mãos que Acolhem"

O grupo "Mãos que Acolhem", que começou com três amigas e agora reúne quase 70, expressa bem o que é ser voluntário.

Para este Dia do Voluntário (28), data que homenageia "aquele que faz por vontade, sem a obrigação de fazer", a história desse grupo de mulheres pode inspirar outras iniciativas.

Todas as quintas-feiras, as integrantes do "Mão que Acolhem" preparam e servem, no Hospital do Câncer, em Cuiabá, o lanche das crianças que se encontram na unidade hospitalar.

Os produtos carinhosamente dispostos sobre mesas coloridas não só alimentam o corpo. Também representam uma pausa alegre na dura rotina de exames, sessões de quimioterapia, internações, entre outros procedimentos impostos pela doença.

Vilma Kudo, uma das líderes do grupo, avalia que o que fazem é pouco. E fala por si: "faço muito pouco, poderia fazer mais, mas tento sempre pelo menos fazer o mínimo", diz.

Entretanto, o pouco que ela diz fazer se converte cotidianamente em serviços essenciais. Além disso, já permitiu centenas de atendimentos e até a realização de sonhos.

Um dos sonhos foi o custeio da festa de casamento para uma paciente oficializar e celebrar a união com o companheiro. Ela, infelizmente, morreu meses após realizar seu sonho.

Vilma conta que há 12 anos, quando se mudou do interior de São Paulo para Cuiabá, procurou o HC e se apresentou como voluntária. Queria contribuir para a unidade mato-grossense como fez durante anos pelo Hospital de Câncer de Barretos.

Ela ingressou em um grupo de voluntários já consolidado, com dezenas de integrantes. Após um período, percebeu que havia outras necessidades e entendeu que um novo grupo poderia ampliar as ações.

Então reuniu algumas amigas, inicialmente três, e estabeleceram que cada uma delas, e todas aquelas que viessem a participar, deveriam contribuir com um valor.

Começaram ofertando o lanche, avançaram para contribuições financeiras para aquisições e outros suportes emergências que não poderiam esperar pelo processo de liberação ou compra do sistema público.

Sem abrir mão do lanche semanal, as atividades do "Mãos que Acolhem" foram se diversificando. As demandas que surgem no hospital ou que chegam por pessoas amigas, por exemplo, orientam as outras ações do grupo.

Já contribuíram para estadia de família com filho em tratamento fora de Mato Grosso. Esta semana, uniram esforços para aquisição de uma geladeira atendendo ao apelo de uma mãe que não tinha onde conservar os alimentos dos filhos.

Vilma observa que em muitas situações o grupo mobiliza outras pessoas para atender as demandas.

"Gosto muito da frase atribuída ao Papa Francisco que diz que só somos felizes quando ajudamos os outros a serem felizes", dita ela.

Vilma acredita que todos os seres humanos têm um propósito durante sua passagem terrena. "Que é o propósito de tentar amenizar o sofrimento daqueles que caminham com a gente", completa.





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