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Terça - 05 de Setembro de 2023 às 13:58
Por: Eduardo Gomes/Diário de Cuiabá

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A insalubridade é alta. O cheiro é insuportável e os urubus disputam carcaças de animais
A insalubridade é alta. O cheiro é insuportável e os urubus disputam carcaças de animais

Sem aterro sanitário e sem nenhum tipo de tratamento, o lixo produzido pelos 35 mil habitantes e a atividade comercial de Confresa (1.160 km a Nordeste de Cuiabá). é jogado a céu aberto, ao lado da obra do Hospital Regional do Araguaia.

Essa situação levou o deputado estadual Dr. Eugênio a denunciar esse fato ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas do Estado, à Vigilância Sanitária e ao Governo de Mato Grosso, ao qual pede intervenção estadual na gestão do lixão, "nos moldes do que acontece com a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá".

Membro da Comissão de Saúde da Assembleia, Eugênio inspecionou a obra do hospital regional e conversou com famílias que residem na área do lixão, inclusive, com crianças, que convivem com o mau cheiro, urubus, ratos e lixo doméstico e hospitalar.

Diante da situação, o deputado comunicou o fato à prefeitura, com cópia à Câmara Municipal, pedindo medidas urgentes para a desativação do lixão e a recuperação da área; porém, o prefeito Rônio Condão não se pronunciou.

Face ao silêncio de Condão, ele levou o caso às autoridades estaduais.

Divulgação

Lixão - Confresa

Famílias que residem na área do lixão, inclusive, com crianças, convivem com o mau cheiro, urubus, ratos e lixo doméstico e hospitalar

Uma das moradoras no lixão denunciou ao deputado que o fogo naquela área é quase permanente, mas que nunca as autoridades descobrem a autoria.

"De acordo com o vento, nosso barraco é coberto por uma fumaça escura, que dura horas, e aumenta ainda mais o mau cheiro nessa região", disse uma senhora, que sobrevive com a seleção de material reaproveitável jogado no lixão.

A mesma moradora acompanhou o deputado numa caminhada pelo lixão, onde, além do lixo doméstico e comercial, são descartados cães e gatos mortos na cidade.

A insalubridade é alta. O cheiro é insuportável e os urubus disputam carcaças de animais.

São tantas as moscas que, para conversar é, preciso cobrir a boca com a mão ou utilizar máscara.

O deputado entende que o lixão de Confresa tem que ser desativado por duas razões.

Primeiro, pelo óbvio, uma vez que a legislação proíbe os lixões a céu aberto; e pela obra do principal hospital da região Norte Araguaia em suas imediações.

A obra do Hospital Regional do Araguaia foi autorizada em junho, pelo governador Mauro Mendes, e cerca de 15% já foram executados.

A meta do Governo é entregar a unidade de saúde em abril de 2025.

"Esse prazo é suficiente para a prefeitura solucionar o problema do lixão", avalia Dr. Eugênio.

A construção do hospital está orçada em R$ 109 milhões, sem incluir o mobiliário, equipamentos hospitalares e ambulâncias.

Sua estrutura contará com 151 leitos, sendo 111 leitos de enfermaria e 40 leitos de UTI, 10 consultórios médicos, dois consultórios para atendimento a gestantes, seis salas de centro cirúrgico, além de espaços para banco de sangue, banco de leite materno e realização de exames, como tomografia e colonoscopia.

Sua área de abrangência é o Norte Araguaia, onde se situam os municípios de Vila Rica, Porto Alegre do Norte, Canabrava do Norte, Santa Terezinha, São José do Xingu e Santa Cruz do Xingu, podendo, eventualmente, atender pacientes residentes em Ribeirão Cascalheira, Querência, Alto Boa Vista, Luciara, São Félix do Araguaia e Novo Santo Antônio.

CONTRADIÇÃO – O deputado lamentou o cenário em Confresa.

Ele destacou que, há duas décadas, o Norte Araguaia lutava por um hospital regional, com as cidades de Confresa e Porto Alegre do Norte disputando sua sede.

"Dessa luta – observou – participou o prefeito Rônio Condão, que é meu colega médico, e ofereceu o terreno para a obra. Portanto, não cabe desculpa essa situação do lixão, contra o qual continuarei lutando", resumiu o parlamentar.





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