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Sexta - 08 de Setembro de 2023 às 10:48
Por: Eduardo Gomes/Diário de Cuiabá

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Com 903 mil km² e caracterizado pelo vazio demográfico na década de 1970, Mato Grosso passou a receber levas e mais levas de migrantes
Com 903 mil km² e caracterizado pelo vazio demográfico na década de 1970, Mato Grosso passou a receber levas e mais levas de migrantes

Com 903 mil km² e caracterizado pelo vazio demográfico na década de 1970, Mato Grosso passou a receber levas e mais levas de migrantes.

Meio século depois, seu perfil populacional é eclético e nele se destacam as colônias paranaense, gaúcha e japonesa.

A representação política por sua capilaridade de naturalidade evidencia essa condição.

O poder político é composto por mato-grossenses e nascidos em outros estados e no exterior.

No feriado de 7 de Setembro, em que se celebra a Independência, o extrato social traduz bem o sentido de Pátria livre, onde os cidadãos têm liberdade para escolherem onde morar.

Na faixa de fronteira com a Bolívia, que se estende por 983 km, de Poconé a Comodoro, de ambos os lados dos marcos que delimitam os dois países, há uma expressiva parcela populacional formada por casais chamados de ‘brasilianos’ e ‘bolivieiros’, com um cônjuge de cada nacionalidade.

Porém, a colônia com maior população é a japonesa, que começou a habitar em Mato Grosso em 1953 quando criação do projeto de colonização da Gleba Rio Ferro, no então município de Chapada dos Guimarães, para onde o empresário Yassutaro Matsubara levou dezenas de famílias oriundas do Japão ou descendentes de japoneses.

O primeiro senador brasileiro de origem japonesa foi o médico Jorge Yanai, que é pioneiro da medicina em Sinop.

O principal pesquisador da agricultura no cerrado foi Dario Hiromoto, da Fundação MT, com sede em Rondonópolis.

A soja é a principal atividade econômica mato-grossense e quem a cultivou pela primeira vez, abaixo do Paralelo 13, foi o nissei Munefumi Matsubara, na fazenda Progresso, em Lucas do Rio Verde.

O governador Mauro Mendes é goiano e o vice-governador Otaviano Pivetta, gaúcho.

Desde a divisão territorial que criou Mato Grosso do Sul em 1977, Mato Grosso foi governado por Garcia Neto (SE), Cássio Leite de Barros (MS), Frederico Campos, Júlio Campos, Wilmar Peres de Farias e Carlos Bezerra (todos mato-grossenses), Edison de Freitas e Moisés Feltrin (ambos paulistas), Jayme Campos e Dante de Oliveira (ambos mato-grossenses), Rogério Salles, Blairo Maggi e Silval Barbosa (todos paranaenses) e Pedro Taques (MT).

A representação no Senado é feita pelos mato-grossenses Wellington Fagundes e Jayme Campos; e pelo paranaense Carlos Fávaro.

Nomeado ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fávaro é substituído em plenário pela suplente Margareth Buzetti (SC).

No passado, Mato Grosso elegeu duas senadoras: Serys Slhessarenko e Selma Arruda, ambas gaúchas.

A bancada federal ocupa oito cadeiras na Câmara.

Coronel Fernanda, Coronel Assis, Amália Barros e Emanuel Pinheiro são mato-grossenses; e Fábio Garcia é brasiliense, José Medeiros (RN), Amália Barros (SP) e Juarez Costa (PR).

Na Assembleia Legislativa Elizeu Nascimento, Sebastião Rezende, Thiago Silva, Eduardo Botelho, Janaína Riva, Diego Guimarães, Fábio Tardin, Juca do Guaraná, Júlio Campos, Paulo Araújo e Cláudio Ferreira são mato-grossenses.

Beto Dois e Um e Faissal Callil, gaúchos; Dilmar Dal Bosco, catarinense. Dr. Eugênio, mineiro; Gilberto Cattani, Max Russi, Nininho, Valdir Barranco e Valmir Moretto, paranaenses; Lúdio Cabral, goiano; e Dr. João, português; e Wilson Santos e Carlos Avallone, paulistas nascidos na cidade de Dracena.

Nas maiores cidades, a origem dos prefeitos também é diluída nacionalmente.

Emanuel Pinheiro, de Cuiabá, e Kalil Baracat, de Várzea Grande, são mato-grossenses; Zé Carlos do Pátio, de Rondonópolis (PR); Roberto Dorner, de Sinop (SC); Ari Lafin, de Sorriso (PR); Vander Masson, de Tangará da Serra (MT); Eliene Liberato, de Cáceres (RN); Leonardo Bortolin, de Primavera do Leste (SP), Miguel Vaz, de Lucas do Rio Verde (SC), Adilson Gonçalves, de Barra do Garças (MS) e Chico Gamba, de Alta Floresta (PR).

O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa é paulista.

Nos menores municípios, os prefeitos também são oriundos de várias regiões. Francisco Neves, o Chiquinho, de Araguainha, é de Mato Grosso, e Elson Mará (Serra Nova Dourada) e Clenei Pareira (Ponte Branca), também; Adão Belchior, de Novo Santo Antônio, é goiano; Jonas Campos, de Reserva do Cabaçal, é paulista; Sidnei da Cerâmica, de Indiavaí, é mato-grossense; Parassu de Freitas, de Luciara, é mineiro; Luís Falcão (Santo Afonso), Ronivon Parreira (Ribeirãozinho) e Jo Soares (Santa Cruz do Xingu), são mato-grossenses.

O prefeito de São Pedro da Cipa, Eduardo José da Silva Abreu, é português.

André Bringsken, prefeito de Vila Bela da Santíssima Trindade, que foi a primeira Capital de Mato Grosso, nasceu naquela cidade, mas seus pais são holandeses.

Em 2020, foram eleitos 11 vereadores indígenas nos municípios de Brasnorte, Gaúcha do Norte, Barra do Bugres, Rondolândia, Confresa, Alto Boa Vista, Santo Antônio do Leste, Luciara e Campinápolis.

A etnia xavante conquistou quatro cadeiras sendo duas em Campinápolis, com Gininho Tseredzapriwe e Azevedo Tserubuto; e em Luciara, foram eleitos dois da etnia Kanela: Ana Cláudia Pereira de Souza, que preside a Câmara, e João José da Silva – ambos adotam o sobrenome político de Kanela; Cláudia é mato-grossense e João José é de Tocantins.





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