Advogado diz que Selma fazia Silval ficar nu antes de depoimentos Kakay afirmou durante entrevista que Selma Arruda queria "quebrar a moral" do ex-governador
O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, revelou que na época em que defendia o ex-governador Silval Barbosa, o político era obrigado pela então juíza Selma Arruda a ficar pelado antes dos depoimentos.
Em entrevista à página MyNews, Kakay falou sobre o método da ex-magistrada, que quando atuava em Mato Grosso era conhecida como juíza “mãos de ferro” e “Sérgio Moro de saia”.
Ela antes de ouvi-lo mandava ele para uma salinha e tirava a roupa dele para humilhá-lo, para quebrar a moral dele antes do depoimento
Selma deixou o Judiciário para se candidatar ao Senado Federal. Foi eleita em 2018, mas teve o mandato cassado um ano depois por prática de caixa 2 e abuso de poder econômico na campanha.
“Em Mato Grosso tinha uma juíza que falavam que era o Moro de saia. Ela foi cassada por corrupção em um ano. Eu sei, porque fui advogado de um governador do Estado e ela, antes de ouvi-lo, mandava ele para uma salinha e tirava a roupa dele para humilhá-lo, para quebrar a moral dele antes do depoimento”, afirmou Kakay.
Na época, Selma trabalhava na 7º Vara do Crime Organizado de Mato Grosso e foi responsável pela prisão do ex-governador após ele ser alvo da Operação Sodoma.
A operação investigou um esquema criminoso de corrupção e lavagem de dinheiro, em 2013 e 2014, relacionado à concessão de incentivos fiscais, por meio do Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso).
Kakay ainda afirmou que a atitude de Selma foi reflexo da arbitrariedade na Justiça e as exigências contra Silval eram “com base em nada”.
“Quando você tem um sistema autoritário, é isso que acontece com o negro e o pobre na periferia, só que não sai na imprensa. Os invisíveis sociais, quando vão depor, são humilhados no dia a dia”, disse.
“Esse governador que foi colocado nu na sala dessa juíza, que felizmente foi cassada por corrupção em menos de um ano, representa uma elite que está sofrendo aquilo que os negros e pobres sofrem no dia a dia e que ninguém ouve falar”, completou.
Veja (a partir dos 6 minutos):
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