“São 18 operações, MDB não pode mais compactuar com Emanuel” A PF deflagrou uma nova operação para investigar o desvio de recursos públicos federais
A deputada estadual Janaina Riva fez duras críticas à gestão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e cobrou posicionamento do MDB após a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ser alvo de operação policial pela 18º vez.
Na manhã desta quarta-feira (4), a Polícia Federal deflagrou a Operação Iterum, visando a desarticulação de uma quadrilha investigada pelo desvio de recursos públicos federais destinados à Saúde da Capital.
“É triste Cuiabá passando por isso novamente. Não é mais surpresa para nenhum cidadão cuiabano, já perdi as contas, é a 18º operação e não sei se tem isso em outra cidade do Brasil como aqui”, disse ela.
“Ai vocês entendem porque tenho dito dentro do MDB porque não dá mais para o partido compactuar com isso. Não é uma vez, não é duas, são 18 operações, todas elas na Saúde”, acrescentou.
Lamento que o partido passe por esse constrangimento estando ligado ao Emanuel, que ainda é filiado ao MDB
Como consequência das operações na gestão Pinheiro, três secretários da Pasta foram afastados. Visando resolver a situação caótica na secretaria, a Justiça de Mato Grosso decretou a intervenção do Estado na administração.
Segundo Janaina, a má condução de Emanuel na Prefeitura também tem se refletido em outras áreas e causa “constrangimento” ao MDB.
“As condições de Cuiabá hoje, o cidadão sendo tratado da forma que está, a cidade toda esburacada, praticamente abandonada... É triste. Como correligionária de partido não é algo que comemore. Lamento que o partido passe por esse constrangimento estando ligado ao Emanuel, que ainda é filiado ao MDB”, disse.
Continuidade da intervenção
Para a deputada, essa nova operação da Saúde pode influenciar na prorrogação da intervenção do Estado na secretaria.
A equipe do Governo tem atuado na Pasta desde o dia 15 de março. A princípio, a intervenção deveria durar três meses, mas se estendeu e agora será finalizada no dia 31 de dezembro.
“Tenho certeza que com a permanência da intervenção vai surgir muito mais coisas, porque agora tem um pente fino lá dentro, tem o acompanhamento do Ministério Público”, afirmou.
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