Mato Grosso detém 60% das maiores riquezas do agronegócio no País O destaque, pelo 4º ano consecutivo, é Sorriso, que gerou R$ 11,5 bilhões de riqueza, sendo R$ 5,8 bilhões com a soja
Mato Grosso foi responsável por quase R$ 175 bilhões dos pouco mais de R$ 830 bilhões de Valor da Produção Agrícola brasileira, no ano passado.
O Estado gerou 21% de toda a riqueza nacional nesse segmento da economia.
O dado consta da pesquisa sobre Produção Agrícola Municipal (PAM) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os 10 municípios brasileiros com os maiores valores de produção agrícola no ano passado, seis são de Mato Grosso.
O destaque, pelo quarto ano consecutivo, foi Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá), que gerou quase R$ 11,5 bilhões de riqueza, sendo R$ 5,8 bilhões relacionados à cultura da soja.
O segundo e o terceiro lugares também são do Estado: Campo Novo do Parecis, com R$ 8,15 bilhões (sendo R$ 3,7 bilhões da soja), e Sapezal, com R$ 8 bilhões (R$ 3,6 relacionados ao algodão).
Essa riqueza gerada por Mato Grosso, por exemplo, foi maior do que a produzida pela região Sul do Brasil.
Em 2022, juntos, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina geraram R$ 169 bilhões em Valor da Produção Agrícola.
Depois de Mato Grosso, os estados que mais geraram riqueza à agricultura brasileira no ano passado foram: São Paulo, com R$ 103 bilhões e Minas Gerais, com mais de R$ 87 bilhões.
MAIS DE MT – Completam o ranking mato-grossense, Nova Ubiratã, que gerou R$ 6,8 bilhões de riqueza agrícola; Nova Mutum, com R$ 6,3 bilhões; e Diamantino, com R$ 5,8 bilhões.
Nos três, a cultura agrícola que mais contribuiu para a geração de riqueza foi a soja.
Completam o grupo dos dez municípios que mais geraram riqueza agrícola no Brasil em 2022: Rio Verde (GO), com quase R$ 8 bilhões, São Desidério (BA), que gerou R$ 7,6 bilhões, Jataí (GO), que gerou R$ 6,3 bilhões e Formosa do Rio Preto (BA), com R$ 6,2 bilhões.
Nesses quatro municípios, também a soja foi a cultura agrícola que mais gerou riqueza ano passado.
LIDERANÇA - No ano passado, Mato Grosso contribuiu com 30,2% da produção nacional de grãos.
Na sequência, vieram Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. Foram 38 milhões de toneladas de soja produzidas em terras mato-grossenses.
No milho, a produção - que é praticamente toda em segunda safra - chegou a 38,3 milhões de toneladas.
Em ambas as culturas agrícolas, Sorriso foi o maior produtor brasileiro: 2,1 milhões de toneladas de soja e 3,8 milhões de toneladas de milho.
Em termos de valor da produção agrícola, os R$ 830,1 bilhões registrados em todo o País em 2022 ficaram distribuídos da seguinte maneira: R$ 345,4 bilhões gerados pela soja, R$ 137,7 bilhões pelo milho, R$ 95,2 bilhões por outros 54 produtos, R$ 93,5 bilhões pela cana-de-açúcar, R$ 51,8 bilhões pelo café, R$ 33,1 bilhões pelo algodão herbáceo.
Também tiveram relevantes valores de produção no ano passado no Brasil o trigo, o arroz, a mandioca, a laranja e o feijão.
De acordo com Maurício Munhoz, superintendente de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (SFA/MT), órgão ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), "a economia gerada pelo agronegócio, pela produção primária, está dando saltos para a industrialização e para o setor de serviços".
Em Sorriso, segundo ele, está havendo esse processo: "A agricultura continua forte e se expandindo, mas está alavancando outros setores da economia. No caso da região de Sorriso, especialmente o setor de serviços. São serviços mais complexos, que pagam mais, giram positivamente a roda da economia e transformam o ambiente econômico num ambiente muito desenvolvido".
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