PT municipal vê comodismo do estadual e quer lançar candidato Bob Almeida afirmou que não cometerá erro de não lançar candidato em 2024, como sigla fez no passado
O presidente do PT em Cuiabá, Bob Almeida, fez duras críticas ao presidente estadual da sigla, deputado Valdir Barranco. Para Bob, o partido tem aberto mão de lançar nomes em disputas majoritárias, reduzindo sua força no Estado.
“A direção estadual está acostumada a não construir candidaturas. É muito mais simples não construir candidaturas. [...] Mas não é meu caso. Apesar da minha cadeira de rodas, tenho muita disposição e garra para construir candidatura e não tenho medo”, disse em entrevista à Rádio Cultura.
O dirigente lembrou que nas eleições de 2014 e 2018, o PT abriu mão de lançar uma candidatura e apoiou o senador Wellington Fagundes (PL) – para o Senado e o Governo, respectivamente.
No ano passado, o PT anunciou apoiou à candidatura da primeira-dama de Cuiabá Marcia Pinheiro (PV), também abrindo mão do protagonismo.
“Apoiamos o Wellington Fagundes, que depois votou pelo impeachment da Dilma [Rousseff]. A gente cometeu erros ao longo do tempo e não construímos nomes. [...] Não ter um candidato do PT desmotivou muito a nossa militância”, disse.
A crítica ocorre após Barranco dizer que o partido poderia abrir mão de uma candidatura própria caso o presidente Lula apoiasse um nome de um partido aliado em Cuiabá.
Eleição 2024 – sem erros
O erro, segundo Bob, não será cometido pelo comando da sigla em Cuiabá. Agora, em uma situação diferente por conta da Federação Brasil de Esperança (PT, PC e PCdoB), Bob garantiu que tem conduzido o processo para a escolha de um candidato. “Respeitando a federação, claro”, disse.
Hoje o PT tem a ex-deputada Rosa Neide e o deputado estadual Lúdio Cabral como pré-candidatos. Até o fim deste mês, um desses dois nomes deverá ser levado para a análise da Federação.
“Queremos chegar em um consenso para que não haja perdedores. Não haverá derrotados. Quem sai ganhando é o partido, e tenho certeza que a Rosa e Lúdio querem o melhor para Cuiabá e para o PT. Já sofremos demais”, disse.
A tendência é que cada partido que integra a Federação tenha peso 1 no voto para a decisão da escolha do nome que deverá disputar em Cuiabá no ano que vem.
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