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Internacional
Segunda - 16 de Julho de 2012 às 17:33
Por: MARIAM KAROUNY E ERIKA SOLOMON

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Forças do governo sírio cercaram combatentes rebeldes em Damasco na segunda-feira, no segundo dia de confrontos, descritos pelos moradores como os piores a atingir a capital desde o início da revolta contra o presidente Bashar al-Assad, há 17 meses.

 

 

Veículos blindados entraram no distrito de Midan, no sul da cidade, e foram apoiados por forças de segurança que cercavam a área no final da tarde. Moradores afirmaram ter visto atiradores nos telhados.

 

"Há soldados por todo lado, consigo escutar as ambulâncias", disse um morador perto de Midan. "Parece uma guerra em Damasco."

 

A disseminação dos confrontos na capital ocorre quando o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, inicia uma visita de dois dias a Moscou para promover um plano de paz para a Síria. Ele encontrará o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que resiste aos pedidos do Ocidente para aumentar a pressão sobre Assad.

 

Um vídeo postado por ativistas da oposição e divulgado pela rede Al-Jazeera mostrou homens em jeans escondendo-se atrás de sacos de areia nas vias de Damasco, disparando granadas e metralhadoras. Os confrontos eram intermitentes em Midan e em Tadamon na segunda-feira, depois de batalhas sem precedentes no domingo.

 

Um combatente disse à Reuters que os rebeldes não podiam recuar após algumas horas de confronto, como fizeram em incursões anteriores na capital, porque estavam cercados por forças de segurança e postos de vigilância.

 

"Eles querem sair. Se conseguissem sair, eles já teriam saído", afirmou ele. "A área inteira está cercada."

 

O governo pouco se manifestou sobre o levante na capital. A televisão estatal informou na segunda-feira que caçavam "grupos terroristas" que haviam fugido para alguns bairros de Damasco.

 

Ativistas antigoverno afirmaram que os confrontos próximos à sede do governo indicavam que os rebeldes estavam se aproximando do poder estadual na capital, que já foi considerada uma fortaleza impenetrável de Assad.





Fonte: Reuters

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