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Sexta - 27 de Outubro de 2023 às 09:36
Por: Enzo Três/Mídia News

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O co-interventor Hugo Felipe Lima, que apresentou documento sobre compras sem licitação
O co-interventor Hugo Felipe Lima, que apresentou documento sobre compras sem licitação

A Prefeitura de Cuiabá comprou mais de R$ 5,5 milhões de medicamentos sem licitação, no ano de 2022. Alguns medicamentos custaram até 358% a mais que os valores de mercado.

As informações são do Gabinete da Intervenção estadual, que está gerenciando o setor de Saúde da Capital. O documento com as informações, apresentado nesta quinta-feira (26), é assinado pelo co-interventor Hugo Felipe Lima.

As compras foram feitas de julho a dezembro de 2022. Na época, a Secretaria Municipal de Saúde tinha um contrato vigente com o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Cuiabá (CISVARC), que cataloga empresas aptas a disputarem processos licitatórios e aponta os valores cobrados por elas – possibilitando que a gestão escolha as opções com melhor custo-benefício.

Mesmo com esse contrato, os medicamentos foram comprados por preços extremamente altos. A intervenção montou uma tabela que mostra o quanto o preço pago extrapolou o padrão.


O medicamento com custo mais superfaturado foi o cloridato de vancomicina 500 miligramas, pelo qual a Prefeitura de Cuiabá pagou um valor 358% superior ao pago pela Intervenção.

Ao ser comprado pela intervenção, o medicamento custou R$ 4,96. A Prefeitura de Cuiabá, no entanto, pagou R$ 22,70.

Esse remédio, na dosagem de 1G, também foi supervalorizado em 154%. A intervenção o comprou por R$ 22,89, enquanto a prefeitura o adquiriu por R$ 58,12.

O terceiro medicamento mais supervalorizado, em 121%, foi o norepinefrina. A intervenção o obteve por R$ 4,20, enquanto a prefeitura pagou R$ 9,29.

A lista de medicamentos supervalorizados é extensa.

Confira a comparação de preços:





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