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Sexta - 24 de Novembro de 2023 às 09:38
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Com tanta água parada acumulada e, ao mesmo tempo, muito calor, está formado o ambiente ideal para a reprodução e ataque do mosquito Aedes Aegypti
Com tanta água parada acumulada e, ao mesmo tempo, muito calor, está formado o ambiente ideal para a reprodução e ataque do mosquito Aedes Aegypti

O período mais chuvoso está apenas no começo em Mato Grosso.

Com tanta água parada acumulada e, ao mesmo tempo, muito calor, está formado o ambiente ideal para a reprodução e ataque do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

O resultado é o registro de novas notificações dessas doenças.


No Estado, desde o início deste ano, já são 26.460 casos de dengue, o que representa uma incidência de 741,8 casos para 100 mil habitantes, consequentemente, é alto o risco de transmissão desta arbovirose, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde.

Do total de 141 municípios mato-grossenses, 96 têm alto risco de contaminação para dengue, como Várzea Grande (206 casos/100 mil pessoas); Tangará da Serra (327,8/100 mil) e Sinop (348,4/100 mil).

Já Cuiabá, maior cidade em termos populacionais, tem risco médio, com 206,4 casos a cada 100 mil indivíduos.

A dengue resultou ainda no óbito confirmado de 16 pessoas, além de outros nove que estão em investigação.

Ainda, conforme dados da Saúde, ocorreram 518 notificações da zika e 316 de chikungunya.

Em relação a estes dois tipos de agravo, Mato Grosso tem baixo de contaminação.

Para avançar com as ações de combate ao Aedes, o Ministério da Saúde (MS) reforça a importância fundamental da participação da sociedade na eliminação dos focos do mosquito em ambientes domésticos.

Dados do MS apontam que, até o fim de outubro deste ano, o país já havia registrado mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue.

A quantidade indica um aumento de 21,4% quando comparado com o mesmo período em 2022.

Segundo o ministério, a maior parte dos casos foi identificada na região Sudeste, com a notificação de cerca de 893 mil casos, seguida pela Sul (383 mil) e Centro-Oeste (245 mil).

Até o momento, as regiões com menos casos foram a Norte (32 mil) e a Nordeste (103 mil).

As informações do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde apontam ainda que os depósitos de armazenamento de água para consumo, como caixas d’água e tambores, são os principais criadouros do mosquito, correspondendo a 39,6% dos locais descobertos com foco de larvas do vetor.

Em seguida, estão os vasos, garrafas, calhas, lajes, e os depósitos naturais, como bromélias, que correspondem a 36,45% dos criadouros positivos.

Já pneus e resíduos passíveis de remoção correspondem a 23,95% dos pontos de encontro de larvas.

Os dados foram obtidos por meio dos levantamentos de índices larvários, consolidados até 26 de outubro de 2023.

Os ovos do Aedes aegypti medem cerca de 0,5 mm, o que pode dificultar a visualização.

Apesar de minúsculos, eles possuem resistência à seca e podem se manter viáveis no ambiente por um ano, até entrarem novamente em contato com a água.

É nesse momento que os ovos eclodem e, em poucos dias, as larvas se transformam em mosquitos adultos.

Mesmo com um ciclo de vida de curto, de 45 dias em média, a fêmea do mosquito Aedes pode colocar centenas de ovos ao longo da vida.

Em março deste ano, o Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergências (COE) Arboviroses, para responder ao aumento de casos de chikungunya e dengue, especialmente, os mais graves e os óbitos.

As ações foram realizadas de forma integrada e articulada com estados e municípios.





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