Mendes barra saída de Dilmar do União e frusta articulação
Líder do governo na Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Dilmar Dal Bosco (União), afirmou que o governador Mauro Mendes (União) negou assinar sua carta de desfiliação e dar anuência para deixar o União Brasil. “O governador não aceita [me] liberar. Eu conversei muito com ele, mas ele falou que temos que construir junto com o partido. Eu sempre fiz isso”, disse o parlamentar, na segunda-feira (4) ao comentar sua possível migração para o recém-criado Partido Renovação Democrática (PRD).
Questionado se desistirá de mudar para o PRD, Dal Bosco disse que tem conversado com a cúpula nacional da nova sigla, visto que tinha assumi compromisso com o presidente nacional do PRD para ser o presidente do grupo no estado.
“Hoje nós temos várias situações. Eu tenho problema em vários municípios do Estado, onde foi eleita a direção provisória [no União Brasil] e o pessoal antigo não aceita. Estão procurando um novo partido. Então, podem vir para dentro do PRD, que é um partido novo, com condição de eleger vários vereadores, vice-prefeitos e prefeitos”, explicou.
Dilmar Dal Bosco também deixou escapar que pretende indicar o seu irmão, o ex-prefeito Dilceu Dal Bosco, para ser o "mandachuva" do PRD no Estado, e visualiza uma aliança entre o PRD e União Brasil em várias cidades de Mato Grosso. A declaração de Dilmar Dal Bosco pode ser considerada um "balde água fria" nas pretensões do novo partido, que é fruto da fusão entre PTB e Patriota.
A sigla esperava um deputado estadual no estado e disputar as prefeituras das principais cidades. Apesar da confiança de Dal Bosco em ter o controle do partido mesmo estando no União Brasil, a tendência é que a sigla não permita tal articulação e deixe a legenda nas mãos dos dirigentes do extinto PTB e Patriota, como o ex-deputado Victório Galli e o vereador de Cuiabá, Kássio Coelho.
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