Botelho cita paciência no limite com 'indecisão do Paiaguás'
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União), disse que já teve paciência demais e que não será o próximo enrolado pelo governador de Mauro Mendes (União). A declaração foi dada com exclusividade à Gazeta, na quarta-feira (6), após ser questionado sobre o imbróglio criado no União Brasil, quando Mendes declarou que apoiará à Fábio Garcia (União) para a Prefeitura de Cuiabá, em 2024.
A reportagem da Gazeta questionou sobre a indecisão do governador em lhe conferir apoio ao Palácio Alencastro, ou sua carta de alforria para migrar ao PSD. Levando-se em conta que Mendes já usou da mesma estratégia para inviabilizar candidaturas de ex-aliados no passado, como o candidato ao Senado Neri Geller (PP), em 2022, que esperou até o último dia pela força que não veio e mesmo o senador Jayme Campos (União), nas eleições de 2014, quando Mauro pediu votos a Wellington Fagundes e Jayme não conseguiu viabilizar sua candidatura.
"Tem que se encerrar esse capítulo nessas duas próximas semanas. Eu vou aguardar o retorno do governador e nós vamos resolver isso. Não vou permitir ele fazer isso comigo. Porque agora final do ano nós temos que resolver. Eu não vou levar isso mais para frente. Precisamos encerrar esse capítulo", disse.
Além disso, Botelho desabafou que já teve muita paciência e já ponderou demais. "Essa discussão tem que ser encerrada agora em dezembro. Eu acho que tive toda a paciência do mundo e venho de longe esperando, tendo esperança, venho lutando, venho feito ponderações e acho que não tem o que debater, pois todas as discussões já foram feitas", emendou.
O presidente da ALMT explicou que a decisão precisa ser tomada para que a pré-candidatura tome corpo e estratégias sejam traçadas. "Não é imposição minha, é a questão do calendário eleitoral. Nós temos que resolver porque, a partir do início do ano, começaremos a trabalhar as acomodações dos pré-candidatos. Então preciso saber se esses pré-candidatos querem vir comigo, quem será aliado e deixar que os companheiros saibam onde estou e para onde vamos", concluiu.
A possibilidade de filiação de Botelho no PSD foi antecipada com exclusividade pela Gazeta na edição do dia 13 de fevereiro, quando o ministro da Agricultura e presidente regional da sigla, Carlos Fávaro, falou com a reportagem.
À época, Fávaro frisou que as portas do partido estavam abertas, mas que PSD já anteciparia, naquele momento, o apoio à candidatura de Eduardo Botelho à Prefeitura de Cuiabá. "Já abrimos as portas se ele tiver interesse de ser pré-candidato aqui no PSD, sentiremos muito honrados, porque acho que ele é um bom nome", disse Fávaro.
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