Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 11 de Dezembro de 2023 às 08:37
Por: Alecy Alves/Diário de Cuiabá

    Imprimir


O pequi, fruto que na capital, Cuiabá, uniu o casal Evandro Paulo e Fábia Vaz, e chega à mesa de muitas famílias, no interior também está sendo alternativa para recuperação de áreas degradadas.

Em Ribeirão Cascalheira (900 km a Nordeste de Cuiabá), maior produtor do fruto, a árvore se tornou uma opção para cumprir as exigências de reflorestamento de Áreas de Preservação Permanente (APP’s).

Ou seja, aqueles que não tinham áreas porque desmataram ou que adquiriram a terra já sem APP, agora têm a oportunidade de cumprir a lei com projetos que unem reposição vegetal e possibilidade de renda extra.

Técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural(Empaer-MT) no município, Carlos Alberto Quintino diz que já são cinco áreas com APP de pequi concluídas e outras propostas de projetos sendo desenvolvidas.

Divulgação

Pequi - técnico

Quintino diz que não importa o tamanho da propriedade, se grande, médio ou pequeno produtor, o pequizeiro é uma boa alternativa para as APP

Com a assistência técnica que estão recebendo, explica ele, há produtores fazendo as mudas em suas propriedades, com as sementes de plantas nativas, e outros comprando as mudas.

Quintino diz que não importa o tamanho da propriedade, se grande, médio ou pequeno produtor, o pequizeiro é uma boa alternativa para as APP com garantia de renda extra.

MAIOR PRODUTO - Para este ano, a previsão é que os produtores de Ribeirão Cascalheira colham 350 toneladas, segundo estimativa da Empaer-MT;

A colheita começou em outubro e segue até o final do mês de dezembro.

No município, são 80 produtos e 56 mil pés da fruta espalhadas em aproximadamente 280 hectares, sendo 150 de plantas nativas e 130 de plantio.

Quintino lembra que, há décadas, o pequi produzido no município movimenta a economia local.

Além de Cuiabá, um dos principais centros consumidores, há compradores atacadistas de municípios de Estado como Goiás, além do Distrito Federal.

Outra atividade que começa a gerar renda, observa, é a produção das mudas para reflorestar, criação de novas e ampliação de áreas de plantio.

De acordo com ele, além da assistência técnica que vai desde mudas até a colheita, a Empaer está começando a trabalhar na organização dos produtores visando a agregar mais valor ao produtor.

A ideia em andamento, adianta, é a criação de uma cooperativa para produção de farinha, doces, conservas (em polpa e caroço) e outros derivados do pequi.

Quintino lembra que a empresa de assistência técnica já ministrou cursos de aproveitamento da fruta, mas as iniciativas de processamento do pequi são individuais.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/462512/visualizar/