“Desde quando mudar de partido é traição?”, rebate Botelho Deputada disse que pré-candidato pode ganhar “pecha de traidor” caso deixe o União
Pré-candidato a prefeito da Capital, o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (União) rebateu uma fala recente da sua colega de partido, a deputada federal Gisela Simona, segundo a qual ele poderia ganhar a pecha “traidor” caso deixe o União Brasil.
Não é traição. São opções políticas. Sob esse aspecto, quem pensa assim [sobre traição] está equivocado
Botelho tem levantado a possibilidade de sair da sigla e ir para o PSD por não encontrar viabilidade para sua candidatura à Prefeitura de Cuiabá no ano que vem. O União também tem como pré-candidato o secretário-chefe da Casa Civil Fábio Garcia.
Para Botelho, a mudança de partido é uma questão política. O parlamentar afirma que a colega de sigla está equivocada. “Traidor jamais”, disse à imprensa sorrindo.
“Quem seria traidor? Quem lutou, defendeu e que esteve à frente [na defesa das pautas do Governo no Legislativo]. Se esse Governo está bem hoje é graças as ações que fizemos aqui.
“Política é isso. Desde quando mudar de partido é traição? Não é traição. São opções políticas. Sob esse aspecto, quem pensa assim [sobre traição] está equivocado”, emendou.
Questionado se se sente traído pelas lideranças do União, já que o presidente da sigla em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes, anunciou sua preferência por Fábio Garcia, Botelho negou.
“De maneira nenhuma. São opções políticas. Não há nada de traição. E vamos para a disputa. No final, quem vai decidir, quem é traidor ou não, quem merece ser prefeito vai ser Deus e o povo. O resto é conversa fiada”, disse.
Pecha de “traidor”
Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real na semana passada, Gisela disse que a disputa entre Garcia e Botelho não representa um racha na sigla.
Para ela o presidente da Assembleia Legislativa temer a pecha de “traidor” frente a opinião publica.
“O maior partido de Mato Grosso, com muitas lideranças, tem mais de um líder querendo colocar o seu nome em uma disputa na Capital o que é normal. O que existe é a fidelidade partidária. Hoje, quem tem o mandato pelo União Brasil chegou onde está por força dessa bandeira partidária também”.
“Sair do partido agora pode dar uma pecha de traidor, de alguém que abandona o barco antes da hora. Então, são situações que ninguém quer passar por isso. Por isso, talvez, a resistência em sair do partido”, completou se referindo a Botelho.
Conforme a Legislação Eleitoral a cadeira conquista nas eleições para vereadores e deputados pertencem as legendas. Por conta disso, Botelho tenta viabilizar junto as lideranças do União sua saída amigável. Ele aguarda uma posição do governador.
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