Mato Grosso deve registrar 2,3 mil novos cânceres de pele Apesar da alta incidência, quando o câncer de pele é descoberto na sua fase inicial, as taxas de cura são altas
Mato Grosso tem registrado recordes de temperatura nos últimos meses.
Para amenizar o calor extremo e o sol escaldante, os mato-grossenses têm apostado na hidratação.
Porém, outra preocupação deve ser o cuidado com a pele.
Isso porque o principal fator de risco para todos os tipos de câncer de pele é a radiação ultravioleta (UV), que induz a lesões no DNA. O dano produzido pelas radiações é cumulativo.
No Estado, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê 2.330 novos tumores de pele, entre os tipos não melanoma e o melanoma por ano até 2025, sendo 1.100 em homens e 1.230 em mulheres.
No Brasil, são estimados 220 mil novos casos da doença por ano, no triênio 2023 a 2025.
Conforme o Inca, a neoplasia de pele não melanoma é a mais frequente e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
Já o melanoma de pele é considerado mais agressivo, pois possui alta possibilidade de se espalhar para tecidos e órgãos vizinhos.
Ainda no Estado, em relação ao câncer não melanoma, os dados do Inca apontam para o registro de 1.060 novos casos (57,53/100 mil) da doença, entre os homens e 1.200 novos diagnósticos (66,80/100 mil) entre as mulheres.
Quanto ao tumor melanoma, estima-se 40 casos (2,38/100 mil), entre o público masculino e 30 (1,83/100 mil) entre gênero feminino.
De acordo com o oncologista clínico da Oncomed-MT, Giulliano Castiglioni, observar a pele regularmente é crucial para identificar lesões suspeitas.
“Para identificar possíveis sinais de câncer de pele do tipo melanon
a, recomendamos o uso do ABCDE, que consiste em critérios para avaliar as características de uma lesão cutânea”, disse, por meio da assessoria de imprensa.
“Cada letra representa um aspecto a ser observado, sendo eles: assimetria, bordas irregulares, cor, diâmetro e evolução”, completou.
Segundo ele, aplicar esse questionário durante a autoavaliação e consultar um especialista são passos fundamentais para a saúde dermatológica.
Para o tratamento, a cirurgia é uma das modalidades mais indicada para o câncer de pele, principalmente, em estágio iniciais.
No procedimento cirúrgico, a área afetada pelo tumor é retirada.
Para casos mais avançados e para o tipo melanoma, o tratamento varia de acordo com o tamanho e estadiamento da doença.
Nessas situações, além da cirurgia, outras modalidades de tratamento como a imunoterapia e drogas alvos podem ser indicados.
Apesar da alta incidência, quando o câncer de pele é descoberto na sua fase inicial, as taxas de cura são altíssimas, o que torna mais relevante a campanha “Dezembro Laranja”, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Neste ano, o “Dezembro Laranja” tema “Seu sol, sua pele, sua proteção”.
Entre as dicas da prevenção, é preciso ter cuidado redobrado nos indivíduos de pele e olhos claros ou aqueles que tenham exposição ao sol por motivos de trabalho, lazer e esporte.
Outra orientação é evitar a exposição ao sol entre 11 horas da manhã e 15h, quando os raios ultravioletas estão no pico da radiação.
O protetor solar é indicado, sendo necessária a reaplicação a cada duas horas.
Vale também o uso de chapéus, bonés e óculos de sol são itens indispensáveis para a proteção.
Para trabalhadores rurais ou da construção civil, é recomendado o uso de camisas de algodão de manga comprida, além do uso de capacetes.
Também há peças do vestuário que possuem proteção contra os raios ultravioletas.
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