Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 19 de Dezembro de 2023 às 15:59
Por: Por Davi Vittorazzi, g1 MT e TV Centro América

    Imprimir


Pedidos de medidas protetivas a vítimas de violência doméstica aumentam 35% no Pará. — Foto: Reprodução / MPPA
Pedidos de medidas protetivas a vítimas de violência doméstica aumentam 35% no Pará. — Foto: Reprodução / MPPA

Mato Grosso registrou, de janeiro até a última semana, 42 casos de feminicídio em todo estado. Destes, apenas 5 mulheres tinham medida protetiva contra o agressor, segundo levantamento da Policia Civil . O número representa que apenas 11,9% dos homens eram observados pela segurança pública.

A medida protetiva tem a função de proteger a vítima de uma situação de risco. Segundo a delegada titular da Delegacia da Mulher de Cuiabá, Judá Marcondes, na maioria dos casos os suspeitos cumprem a medida e se afastam das vítimas.

“É extremamente importante que as mulheres saibam que quando elas solicitam a medida, o agressor é acionado e chega uma mensagem para essa pessoa informando que o sistema de Justiça e de Segurança está de olho nessa pessoa”, explica a delegada.

Dessas 42 mulheres assassinadas, 21 já tinham registrado boletim de ocorrência contra o agressor em algum período.

Como classificar feminicídio?

A Lei do Feminicídio, o criada em 2015, define como feminicídio o assassinato de uma mulher cometido por "razões da condição de sexo feminino". A pena prevista nesses casos é de 12 a 30 anos de reclusão.

Para o assassinato de uma mulher ser considerado feminicídio, é identificado em contexto marcado pela desigualdade de gênero. Em muitos casos, as vítimas estavam passando pelo ciclo da violência doméstica, como violência física, psicológica e financeira.

Casos recentes

Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi encontrada morta dentro do próprio carro em Cuiabá — Foto: Reprodução

Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi encontrada morta dentro do próprio carro em Cuiabá — Foto: Reprodução

Centro_Oeste>Mato_Grosso_4__container__" style="box-sizing: inherit; margin: auto; padding: 0px; border: 0pt none; font: inherit; vertical-align: baseline; max-width: 100%; text-align: center; width: 970px; height: 250px;">

Em agosto deste ano, o assassinato da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi um dos casos de feminicídio que chocou a população do estado.

Cristiane foi encontrada morta espancada e asfixiada dentro do próprio carro no Parque das Águas, em Cuiabá, no dia 13 de agosto. O irmão dela localizou o veículo por um aplicativo que rastreou o celular dela. Ela havia passado a noite junto com o suspeito, Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, ex-policial militar, que foi autuado em flagrante por feminicídio. Os dois se conheceram no dia do crime.

No dia 24 de novembro, uma mãe e três filhas foram encontradas mortas dentro de uma casa, no Bairro Florais da Mata, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. As vítimas, segundo a Polícia Civil, foram identificadas como Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos, e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos.

Segundo a polícia, as quatro vítimas foram encontradas degoladas e com sinais de abuso sexual. Três delas estavam nuas.

Foto da família publicada nas redes sociais em um passeio na praia, publicada em 2018 — Foto: Instagram

Foto da família publicada nas redes sociais em um passeio na praia, publicada em 2018 — Foto: Instagram





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/462619/visualizar/