Mortes em confrontos com a polícia sobem 121% em MT
O ano de 2023 foi marcado por diversos confrontos da Polícia Militar com suspeitos que ostentavam extensas fichas criminais. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SESP) mostram que houve um aumento de 121% nas mortes por intervenção do Estado, em 2023. De janeiro a outubro, 192 criminosos morreram.
Cuiabá lidera a lista com 26 mortes e, em seguida, estão Várzea Grande e Sorriso com 14. Em entrevista ao Gazeta Digital , o comandante-geral da Polícia Militar, Alexandre Correa Mendes, atribuiu esse aumento a maneira violenta com que as facções criminosas têm agido em Mato Grosso.
"A alta da letalidade se deve, dentre outros fatores, ao recrudescimento do crime organizado. Em suma, as facções ficaram mais violentas, com armamentos cada vez mais poderosos, demandando, assim, maior energia das forças de segurança. Poderia citar ainda o congestionamento do sistema judicial e falhas na ressocialização, que gera reincidência", pontuou.
Em 2022, durante os 12 meses do ano, 109 criminosos morreram em troca de tiros. Todos, assim como neste ano, tinham uma longa ficha criminal e reagiram às tentativas de abordagem da polícia. Para Mendes, o objetivo da corporação e dos militares é proteger o cidadão acima de qualquer circunstância, sendo seguidos os protocolos de ação com técnica e legalidade.
"Monitoramos esses dados diariamente. Para explorar um pouco mais o problema das facções, lembraria a sua interiorização no Brasil e seus métodos pautados no confronto armado com as forças de segurança, sempre numa perspectiva de 'tudo ou nada', levando terror ao cidadão de bem, portanto, para defender o cidadão por vezes se fará necessário escalar o nível da força, de acordo com todos os protocolos legais", finalizou.
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