Diversos setores econômicos fazem suas projeções para 24
Início de ano é momento para estabelecer metas e objetivos a serem alcançados no novo ciclo, tanto para pessoas como nas empresas. A reportagem do jornal A Gazeta ouviu representantes de diversos setores da economia em Mato Grosso, que falaram sobre as expectativas e os desafios de cada segmento para 2024.
Comércio e serviços
Mesmo com a aprovação da reforma tributária e os recentes cortes na taxa básica de juros (atualmente em 11,75% ao ano), o patamar do endividamento em Cuiabá e em todo o estado ainda é muito elevado e a oferta de crédito ainda está muito restrita, o que impede o aquecimento do consumo. Assim como tem sido nos últimos anos, 2024 será muito desafiador, destaca o empresário Roberto Peron, proprietário da loja Mercadão da Malha, na Capital.
Construção civil
As projeções para este ano são as melhores com a retomada do programa Minha Casa Minha Vida, especialmente com as reduções dos juros, o que beneficia o acesso da população à moradia e também o aumento da rentabilidade das empresas do setor. Do ponto de vista macroeconômico, é importante que o governo mantenha uma política fiscal ajustada para manter a inflação sob controle, juros em queda e o mercado tranquilo para recuperar os resultados negativos obtidos no segundo semestre de 2023, comenta o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residencial, Comercial e Condomínios do Estado de Mato Grosso (Secovi-MT), Marco Pessoz.
Indústria
Estamos otimistas que 2024 será um ano de consolidação. Com o aumento do percentual de mistura do biodiesel ao óleo diesel (de 12% para 14% a partir de março), as empresas vão investir mais e fomentar o mercado de trabalho por meio da geração de empregos. Além disso, as companhias irão produzir itens de maior valor agregado. A parcela de soja que seria exportada in natura poderá ser manufaturada e usada no barateamento da ração animal e também na produção de biocombustível, que também contribui para o processo de descarbonização, projeta o vice-presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Rodrigo Guerra.
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