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Saúde
Quinta - 25 de Janeiro de 2024 às 06:39
Por: Joice Gonçalves/Primeira Página

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Janeiro Verde é o mês de prevenção ao câncer de colo de útero, uma das doenças mais incidentes na população feminina brasileira. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse tipo de câncer é o 3º que mais mata mulheres, tendo o principal fator de risco a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que é transmitido sexualmente.

janeiro verdeMês de conscientização ao câncer de útero. (Foto: Reprodução)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a estratégia global de eliminação considerando fundamental a vacinação, o rastreamento e o tratamento da doença.

O Primeira Página conversou com a médica especialista em ginecologia e obstetrícia Giovana Fortunato sobre a doença e ela explicou essas três estratégias no combate ao câncer.

“O rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil, recomendado pelo Ministério da Saúde, é o exame citopatológico em mulheres de 25 a 64 anos. A rotina é a repetição do exame Papanicolau a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano” afirmou a médica.

Uma das abordagens que segue orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde) observa sinais e sintomas, assim como a aplicação de testes ou exames que possam identificar detalhes sugestivos da doença.

Eu? Com câncer?!

Cristiane Maia vivenciou isso na pele. A cabelereira estava prestes a abrir seu espaço de beleza quando se viu atravessada pelo medo e por muita insegurança ao receber o diagnóstico de câncer de útero. Ela havia acabado de perder uma prima e uma cliente para a doença e se viu apavorada com a situação.

“Eu já tinha perdido muitas pessoas próximas e pensei que aquele era o meu momento”, contou Cristiane.

Com o tratamento, ela se viu com esperança, e não deixou que o câncer a definisse, mesmo quando enfrentou a quimioterapia, radioterapia e os demais tratamentos que a deixavam enjoada.

“Eu vi muitas mulheres que não aceitavam o tratamento e quando resolveram procurar ajuda já estava em fase terminal, eu lutei desde o principio, mesmo com medo.”

Para a médica Giovana Fortunato a detecção precoce melhora as chances de sucesso do tratamento.

Rede de apoio

Segundo a ginecologista, a herança genética faz com que algumas mulheres sejam mais propensas a desenvolver o câncer de colo de útero, após a infecção pelo HPV.

“Mulheres com parentes de primeiro grau – mãe ou irmã – que tiveram câncer de colo do útero têm um risco maior de desenvolver a doença. Em outros casos, as mulheres da mesma família de uma paciente já diagnosticada têm um ou mais fatores de risco não genéticos para surgimento da doença também”.

Enfrentar e prevenir são alternativas que realmente funcionam. Por isso, a importância de se ter uma rede de apoio, alertam os médicos.

“Eu só tenho a agradecer a minha família, meu marido e as pessoas do hospital que me ajudaram a enfrentar e vencer essa doença.”





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