Bloqueio de sinal telefônico em penitenciária afeta moradores de Cuiabá A rede bloqueada é um teste da Secretária Estadual de Segurança Pública para evitar que reeducandos da Penitenciária Central do Estado (PCE) consigam realizar ligações e enviar mensagens.
Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, é a maior unidade prisional de Mato Grosso e abriga hoje média de 2 mil reeducandos. — Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT
Moradores e comerciantes do Bairro Industriário, em Cuiabá, enfrentam, há 15 dias, problemas por causa do bloqueio do sinal da rede de telefonia. A rede bloqueada é um teste da Secretária Estadual de Segurança Pública (Sesp) para evitar que reeducandos da Penitenciária Central do Estado (PCE) consigam realizar ligações e enviar mensagens.
Para a farmacêutica Cristina Aparecida Grosselli, o falta de rede também afeta quem depende do transporte público e precisa recarregar o cartão nos comércios da região.
“Nós somos a única farmácia da região e muitos trabalhadores dependem do nosso serviço para recarregar o cartão para trabalhar no dia seguinte”, diz.
Passar as compras no cartão ou efetuar o pagamento via Pix também são outro desafio para quem tem comércio na área com a rede de telefonia bloqueada. O comerciante Ronaldo da Silva é dono de uma pizzaria na região e conta que está no prejuízo desde o início do bloqueio.
“Não consigo nem receber e nem fazer ligações. Eu trabalho no delivery e não consigo ter acesso a nada.”
A Sesp informou que as reclamações estão sendo analisadas e que técnicos estão fazendo visitas aos locais e fazendo as adequações necessárias.
O advogado especialista em segurança digital, Raphael Chaia, é necessário profissionais que consigam dimensionar o projeto e eliminar a comunicação dos criminosos.
“Nós temos projetos de instalação de bloqueadores de instalação de celulares em presídio aprovados no Congresso desde 2018 e alguns pontos principais nessa discussão é que a instalação também afeta as pessoas que moram na região. É necessário profissionais que consigam dimensionar o projeto e eliminar a comunicação dos criminosos”, conclui.
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