Milho 2024 acumula projeções negativas em MT, aponta Imea Depois de um ciclo de recordes, como foi 2022/23, o cereal vai confirmando projeções negativas, tanto na área cultivada, quanto na produtividade e na produção.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) o milho safrinha deve contabilizar perdas ao longo da safra e recuar em Mato Grosso. Depois de um ciclo de recordes, como foi 2022/23, o cereal vai confirmando projeções negativas, tanto na área cultivada, quanto na produtividade e na produção.
Nova levantamento mostra que a área plantada de milho para a safra 2023/24 está estimada em 6,94 milhões de hectares. Isso representa uma redução espacial de 7,31% quando comparado com a safra 2022/23. Esse cenário foi puxado, principalmente, pelas incertezas dos produtores quanto à rentabilidade final da temporada, uma vez que o preço comercializado no estado não cobre os custos com a produção.
No que se refere às regiões, as que mais exibiram retração foram a nordeste, com 11,81%, oeste, com 8,99%, e norte, com 8,58%, quando comparado com o ciclo 2022/23. Já para a produtividade do cereal, a projeção é que sejam colhidas 103,86 sacas por hectare (sc/ha), recuo de 11,08% em comparação com a safra anterior. Apesar disso, ainda existem fatores como as condições climáticas que podem impactar no número final do rendimento. Dessa forma, com o reajuste na área, a estimativa de produção fechou em 43,28 milhões de toneladas, o que representa uma retração de 17,58% ante a temporada passada.
SAFRA 2024 - De acordo com os dados levantados pelo Imea, na última sexta feira (02), a semeadura de milho em Mato Grosso, da safra 2023/24, atingiu 28,66% das áreas projetadas, avanço semanal de 17,42 p.p. Isso representa um adiantamento de 12,25 p.p. quando comparado com o mesmo período da safra 2022/23. Vale destacar que as regiões com o maior percentual de suas áreas já semeadas são a médio norte, oeste e noroeste, com 41,61%, 28,44% e 27,77%, respectivamente.
“Já para às próximas semanas, como ocorre historicamente em fevereiro, a semeadura do milho deve se intensificar, visto à aproximação do fim da janela ideal (final do mês), no entanto, o ritmo dependerá do progresso da colheita da soja. Por fim, segundo o NOAA, para os próximos sete dias, é esperado que a maior parte do estado receba volumes de chuvas entre 45 mm e 55 mm, que poderá beneficiar o desenvolvimento do milho”, destacam os analistas do Imea.
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