Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sábado - 24 de Fevereiro de 2024 às 08:54
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

    Imprimir


No Estado, do total de 1.278.142 domicílios particulares permanentemente ocupados, 1.150.089 são do tipo casa e 81.157 apartamentos

Com uma população de 3,6 milhões de habitantes, Mato Grosso tem mais pessoas morando em casas do que em apartamentos. É o que revelam novos dados do Censo Demográfico 2022, divulgados ontem (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Estado, do total de 1.278.142 domicílios particulares permanentemente ocupados, 1.150.089 (90,04%) são do tipo casa e 81.157 (6,35%) apartamentos.

Para análise, foram considerados apenas os imóveis particulares e permanentemente ocupados, ou seja, habitações desocupadas e/ou moradia coletiva, como presídios, hotéis, pensões, asilos e orfanatos, não entram na conta.

Outros tipos de domicílios contabilizados no Estado foram casas de vila ou condomínio, com 35.479 (2,78%); habitações em casa de cômodos ou cortiço (6.771; 0,53%); habitação indígena sem paredes ou maloca (3.188; 0,25%), além de outros tipos de estruturas residenciais degradadas ou inacabadas (652; 0,05%).

Já do total de domicílios permanentemente ocupados, 232.201 estão em Cuiabá, cidade mais populosa do Estado. Na Capital, são 170.979 (73,63%) residências utilizadas e 43.558 apartamentos (6,54%), além de 15.184 casas de vila (18,76%), 2.371 cômodos e cortiços (1,02%) e 109 (0,05%) degradadas ou inacabadas. No município vizinho de Várzea Grande, são 103.287 domicílios, sendo 92.727 (89,78%) casas, 5.955 (5,77%) apartamentos e 4.268 (4,13) casas de vila ou condomínios, entre outros.

No Brasil, o levantamento aponta a existência de 72.456.368 domicílios. Desse total, 59.649.633 são moradias do tipo horizontal, sendo que, em 2022, 171,3 milhões de pessoas (84,8%) moravam nessas casas.

Entretanto, a verticalização avança. Segundo o IBGE, o amplo predomínio das casas entre os tipos de domicílios já havia sido registrado nos censos demográficos anteriores, assim como a tendência de aumento da proporção de apartamentos: em 2000, 7,6% da população brasileira residia nesse tipo de domicílio, número que passou para 8,5% em 2010 até chegar aos 12,5% registrados em 2022.

Analista da pesquisa, Bruno Perez explicou que esse aumento é expressivo e nacional, sendo registrado em todas as regiões do país, embora seja mais típico dos grandes centros urbanos. “Essa verticalização é uma resposta ao adensamento da população dos municípios, principalmente nas áreas de região metropolitana e nos centros das cidades maiores”, afirma.

Dentre as unidades da Federação, o Piauí tem a maior proporção de pessoas em casas e o Distrito Federal lidera em apartamentos. Apenas três dos 5.567 municípios brasileiros têm mais pessoas morando em apartamentos do que em casas, de acordo com dados do Censo 2022. São duas cidades de São Paulo (Santos e São Caetano do Sul) e outra de Santa Catarina (Balneário Camboriú) são as únicas do país que abrigam mais habitantes morando em apartamentos do que em casas.

O Instituto também apresentou resultados quanto a existência e quantidade de banheiros nas moradias, coleta de lixo, acesso à rede de esgoto e à principal forma de abastecimento de água dos domicílios no Brasil.

Quanto ao sistema de distribuição de água, por exemplo, a rede geral apareceu em 60,8 milhões de domicílios, onde residiam 167,5 milhões de brasileiros (82,9%). Esse percentual é superior a ocorrência da opção registrada no Censo de 2010 (81,5%), em que pese alterações realizadas no questionário para tornar mais rigorosa a classificação.

O poço profundo ou artesiano foi a segunda forma principal de abastecimento, aparecendo em domicílios que representam 9,0% da população brasileira. Na sequência, aparecem poço raso, freático ou cacimba (3,2%) fonte, nascente ou mina (1,9%).

“Em conjunto, essas quatro formas, consideradas adequadas para fins de monitoramento do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), atendiam 96,9% da população em 2022”, aponta.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/463379/visualizar/