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Quinta - 29 de Fevereiro de 2024 às 11:18
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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A cepa cosmopolita está presente na Ásia, no Oriente Médio e na África. No Brasil, o 1º caso foi registrado em Goiás e, em seguida, foram identificados casos em MS, SP e MT
A cepa cosmopolita está presente na Ásia, no Oriente Médio e na África. No Brasil, o 1º caso foi registrado em Goiás e, em seguida, foram identificados casos em MS, SP e MT

Levantamento rápido do indicador para o Aedes aegypti (LIRAa) mostra que Cuiabá está com o índice de infestação predial (IIP) do mosquito acima do recomendado pelo Ministério da Saúde (MS), o que gera risco de epidemia no município. Na Capital, o IIP registrado é de 6,0, quando o ideal é que o índice esteja abaixo de 0,99.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, o levantamento é feito a partir do trabalho realizado pelos agentes de endemias. São 225 profissionais que saem às ruas do município todos os dias para conscientizar a população em visitas aos moradores dos bairros.

Os agentes trabalham com a meta de visitar 800 a 1000 imóveis, a cada 45 dias, fazendo a visita e avaliação dos imóveis, até completar a visitação por zona. Nos casos em que existem casos suspeitos de dengue no imóvel, é realizado o bloqueio do imóvel e a aplicação do larvicida.

Conforme o levantamento feito entre os dias 19 e 23 deste mês, todos os bairros visitados apresentam índices acima do aceitável. Contudo, há localidades em que o cenário é ainda mais preocupante. Na zona Sul, por exemplo, há bairros com IPP de 11,3, entre eles, estão o Jardim Alencastro, Coophema, São Gonçalo Beira Rio, Jardim Pinheiro, Parque Atalaia e Residencial Esperança.

Ainda na região Sul, há bairros com IPP de 9,4, como o Jardim Liberdade, Jardim Fortaleza, Santa Laura, Pascoal Ramos e residenciais Nilce Barros, Alice Novack e Nico Baracat. Já na parte Leste da cidade, a infestação em determinadas localidades chega a 9,5 IPP. Nesta situação encontram-se o Dom Aquino, Poção, Bandeirantes, Campo Velho e o Jardim Paulista.

Os menores índices são registrados na região do Grande CPA, Morada do Ouro, Santa Rosa e Goiabeiras e Cidade Alta, onde a infestação predial varia de 2,6 a 2,2. O menor é verificado no Distrito da Guia, com 1,2 IPP.

Até o momento, mais de 87 mil imóveis foram visitados na cidade desde o início do ano.

Segundo a gerente de Animais Sinantrópicos do Centro de Controle de Zoonoses, Jussara Márcia Lurk, o índice alto ainda não se reflete no aumento dos casos em Cuiabá em relação ao ano passado por conta da circulação do vírus da dengue.

“Se o vírus já circulou e a população teve contato não vai adquirir novamente”, explica. “São quatro sorotipos, se o paciente já pegou o sorotipo 1 não pegará novamente, nós temos muitos casos de jovens e adolescentes porque eles provavelmente não tiveram contato com o vírus que circula”, completou.

Secretário-adjunto de Atenção Especializada em Saúde, Oscarlino Alves, reforça que é importante que a população entenda que a responsabilidade pela limpeza de imóveis particulares, abandonados ou não, são dos proprietários. “Recebemos muitas ligações de pessoas incomodadas com terrenos baldios, estas reclamações são encaminhadas à Secretaria de Ordem Pública e a pasta aplica multas e notifica o proprietário”, disse.

Vale frisar que o LIRAa é feito a partir da realização de 27 conglomerados de bairros, em 21 desses conglomerados há alto risco de epidemia da dengue. Em seis conglomerados o risco é médio e nenhum dos conglomerados possui baixo risco, o que seria o ideal.





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