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Economia
Sábado - 02 de Março de 2024 às 08:59
Por: Silvana Bazani/Gazeta Digital

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Biocombustíveis têm papel fundamental na transição energética para uma economia de baixo carbono e enfrentamento às mudanças climáticas. Em meio ao esforço global por segurança energética com redução da dependência de combustíveis fósseis, mitigação de emissões de poluentes e desenvolvimento econômico sustentável, Mato Grosso se insere como protagonista. Detém potencial para liderar a produção nacional de biodiesel com 18 usinas instaladas, 3 em ampliação e outras 4 sendo construídas, constituindo o maior parque industrial de fabricação de biodiesel do Brasil.

Por todo o país são 60 usinas, das quais 10 estão sendo ampliadas e 8 em construção, informa a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio). Números robustos da capacidade de produção agrícola de até 100 milhões de toneladas e processamento industrial de grãos em Mato Grosso evidenciam que é possível atender a elevação gradual do teor de biodiesel na mistura ao óleo diesel. No próximo 1º de março, a adição obrigatória do derivado vegetal ao combustível fóssil passa de 12% (B12) para 14% (B14), conforme decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

O percentual subirá para 15% (B15) a partir de março de 2025. A meta do governo é ir além, avançando para 20% (B20) de biodiesel no diesel e triplicar a produção até 2030, zerando emissões de poluentes no transporte até 2050.

O cronograma anterior previa a mistura B14 para abril de 2025 e a B15 para 2026. Com a antecipação de prazo, o Ministério de Minas e Energia (MME) pretende evitar a emissão de 5 milhões de toneladas (t) de gás carbônico (CO2) na atmosfera e reduzir em R$ 7,2 bilhões a importação de diesel fóssil.

Os biocombustíveis são para o Brasil o que o petróleo é para a Arábia Saudita. Nossa força está na produção de bioenergia e biocombustíveis, afirmou o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, na última quinta-feira, 22, durante entrevista à Voz do Brasil. Apostamos na economia verde. Temos a Amazônia, que é o pulmão do planeta, e uma matriz energética limpa e renovável que vai ser valorada economicamente. É um grande vetor econômico. Podemos produzir com agricultura de baixo carbono, reindustrializar o Brasil e promover desenvolvimento com igualdade social, enfatizou.

Para avançar na descarbonização da matriz energética do transporte no país, foi proposto o projeto de lei (PL) nº 4.156/23, conhecido como Combustível do Futuro. A expectativa é que a proposta que cria um novo marco legal para o setor de combustíveis seja votada no Congresso até o final deste mês.





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