Afastamento de prefeito é baque no MDB em Cuiabá e Brasília Segundo revista, presidente Lula pediu que filho de prefeito seja retirado do cargo de vice-líder
O prefeito afastado Emanuel Pinheiro, acusado de chefiar organização criminosa na Saúde
DA REDAÇÃO
A Revista IstoÉ desta semana repercutiu o afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. Segundo nota do colunista Leandro Mazzini, o afastamento "pegou mal" dentro do MDB Cuiabá e, principalmente, em Brasília (leia AQUI).
Pinheiro é velho conhecido da Justiça e da Polícia Federal, alvo de numerosas operações de combate à corrupção
Segundo a publicação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao presidente do MDB nacional, Baleia Rossi, para retirar a vice-liderança de governo do deputado federal Emanuelzinho. Ele é filho de Emanuel e está no segundo mandato.
Ainda de acordo com a nota, prefeitos e vereadores dos 141 municípios consultados dizem "ser muito difícil" apoiarem a reeleição do filho de Emanuel.
Confira a íntegra da nota:
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo nesta segunda (4) pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Pinheiro é velho conhecido da Justiça e da Polícia Federal. Alvo de numerosas operações de combate à corrupção na Prefeitura e várias ações de cobrança.
Seu filho, o deputado federal Emanuel Neto (MDB) é vice-líder do Governo Lula da Silva na Câmara, sofre fortes desgastes no Estado. Prefeitos e vereadores dos 141 municípios consultados dizem ser muito difícil o apoiarem para reeleição. Lula da Silva pediu ao presidente do MDB, Baleia Rossi, que o substitua na vice-liderança."
Afastado por seis meses
O desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, mandou afastar Emanuel das funções em uma decisão nesta segunda-feira (4). Emanuel passará seis meses fora da prefeitura sob a acusação de comandar uma organização criminosa na área da Saúde.
As investigações do Ministério Público Estadual (MPE) e da Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção), que culminaram no afastamento de Emanuel, o colocam como "cabeça" da organização criminosa.
As investigações se utilizaram de diversas provas e indícios colhidos ao longo das várias operações policiais para colocar Emanuel como comandante da organização criminosa - dando sustentação financeira e política ao grupo.
No inquérito, há gravações, fotos, áudios e interceptações que evidenciam, segundo o MPE e a Polícia Civil, as digitais de Emanuel como líder do grupo - cujo núcleo duro conta com Célio Rodrigues da Costa, Gilmar de Souza Cardoso e Milton Corrêa da Costa.
Comentários