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Turismo
Quinta - 14 de Março de 2024 às 06:22
Por: Lidiane Moraes e Joice Gonçalves/Redação Primeira Página

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O Comtur (Conselho de Turismo) de Nobres, a 157 km de Cuiabá denuncia a ocorrência frequente de visitas irregulares à Gruta Lagoa Azul, na zona rural do município. O local está interditado e não há previsão de reabertura.

WhatsApp Image 2023 03 03 at 16.40.09Gruta em Nobres. (Foto: Reprodução)

O caso ganhou destaque nesta quarta-feira (13), depois que uma fotógrafa postou imagens do ensaio fotográfico de um casal (pré-wedding), feitas recentemente dentro da Gruta.

O Primeira Página entrou em contato com uma fotógrafa, que pediu para não ser identificada, e informou que ela pagou para realizar um passeio. No entanto, ela não sabia que a visitação no local era proibida.

O que dizem os órgãos envolvidos

Segundo a presidente interina do Comtur, Marcy dos Reis, a situação de visitantes irregulares no complexo da Gruta Lagoa Azul é frequente e ruim tanto para visitantes e quanto para a cidade de Nobres.

Isso porque os estabelecimentos comerciais recebem a demanda dos turistas, mas não podem cumprir, já que são certificados e o lugar está fechado. Por outro lado, os guias não credenciados realizam de forma clandestina esse tipo de passeio que não oferece nenhuma segurança para os turistas.

“Tem turista que não sabe que o lugar é proibido”, ressaltou Marcy dos Reis. Ainda, há pessoas mal-intencionadas retiram as placas com aviso de proibição, todas as vezes que ela é recolocada.

Procurada a Secretaria Municipal de Turismo, afirma que infelizmente cabe à Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) e ao Estado a fiscalização, já que o local faz parte do Parque Estadual da Gruta da Lagoa Azul.

A Promotoria Estadual disse que recebe várias e constantes denúncias e sempre as envia para as delegacias de Polícia Civil. Todavia entende que é difícil fazer o controle já que são diversas trilhas com muitos acessos.

A Polícia Civil disse que em conjunto com a Polícia Militar e órgãos ambientais, realiza operações na região regularmente, além de instaurar procedimentos para responsabilizar as pessoas que entram no local na unidade de conservação de forma clandestina.

Ainda ressaltou que os responsáveis pelas invasões podem responder pelo crime de causar dano a unidades de conservação com penas que podem variar de 1 a 5 anos de reclusão.

Duas décadas fechadas

A Comtur defende que o local seja entregue a inciativas que promovam, sobretudo, a segurança para a conservação do local, uma vez que diversas pessoas procuram o lugar – que está fechado a mais de 20 anos – para visitação.

Apesar de localizada em uma área de assentamento, o atrativo turístico está sob o domínio da União por se tratar de grutas e cavernas, ou seja é papel da Sema fiscalizar.

Sema acompanha o local

A Sema informou que não autorizou visitações ao local e que qualquer pessoa que esteja adentrando no local está infringindo as regras do órgão ambiental e assumindo os riscos de acidentes.

Além disso, o órgão ressalta que o processo para reabertura da Gruta da Lagoa Azul está em fase de regularização fundiária. A desinterdição é uma meta prioritária do Governo do Estado, por meio da Sema.





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