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Quarta - 20 de Março de 2024 às 16:16
Por: Diário de Cuiabá

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O levantamento aponta que 32 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no Brasil e 90 milhões não estão conectadas à rede de esgoto
O levantamento aponta que 32 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no Brasil e 90 milhões não estão conectadas à rede de esgoto

O levantamento aponta que 32 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no Brasil e 90 milhões não estão conectadas à rede de esgoto

De acordo com o Ranking do Saneamento 2024, publicação do Instituto Trata Brasil que analisa anualmente indicadores das 100 maiores cidades brasileiras, Cuiabá é uma das cidades com maior variação negativa entre os rankings de 2023 e 2024.

A capital de Mato Grosso caiu da 32ª posição para a 50ª (18 posições).

Já cidade de Várzea Grande, na área metropolitana de Cuiabá, está entre as 20 piores cidades no Ranking do Saneamento 2024.

A capital de Mato Grosso ficou em 50º lugar em 2024; em 2023 estava em 32º, ficando em 2º lugar entre os municípios com as maiores variações negativas.

Várzea Grande está na 12ª posição, entre os 20 piores municípios.

O município ficou em último lugar no índice de investimento, com apenas R$ 25,91 por morador.

O levantamento aponta que 32 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no Brasil e 90 milhões não estão conectadas à rede de esgoto, "refletindo em problemas na saúde para a população que diariamente sofre, hospitalizada por doenças de veiculação hídrica."

ESGOTO - Os piores índices são os de coleta e tratamento de esgoto.

De acordo com o Trata Brasil, mais de 5.200 piscinas olímpicas de esgoto são despejadas diariamente na natureza sem tratamento.

"O tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado. Temos menos de dez anos para cumprir o compromisso de universalização do saneamento que o país assumiu para com os seus cidadãos", disse Luana Siewert Pretto, presidente do instituto.

"Neste ano, de eleições municipais, é preciso trazer o saneamento para o centro das discussões", acrescentou.

A cidade com o melhor saneamento do Brasil, segundo o instituto, é Maringá, com 99,99% da população com acesso à rede de água, 99,99% atendida por coleta de esgoto e 100% desse esgoto tratado.

A cidade investe em média R$ 57,21 por habitante em saneamento.

A capital mais bem avaliada no ranking foi São Paulo, com 99,29% da população com acesso a água potável, 97,31% ligada à rede de esgoto e 73,08% do esgoto tratado.

A cidade tem um investimento de R$ 219,20 em saneamento per capita.

O ranking foi feito a partir de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2022, os mais recentes, publicados pelo Ministério das Cidades - ou seja, com informações coletadas dois anos após a aprovação do Marco Legal do Saneamento no Governo Jair Bolsonaro (PL).

Os piores índices são os de coleta e tratamento de esgoto. De acordo com o Trata Brasil, mais de 5.200 piscinas olímpicas de esgoto são despejadas diariamente na natureza sem tratamento.

"O tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado. Temos menos de dez anos para cumprir o compromisso de universalização do saneamento que o país assumiu para com os seus cidadãos", diz Luana Siewert Pretto, presidente da organização.

Segundo o Marco Legal do Saneamento, cidades com 99% da população com acesso à água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto são consideradas universalizadas.

O ranking aponta que 22 dos 100 maiores municípios do países possuem 100% da população com atendimento total de água, e outras 18 cidades têm 99% da população contemplada, o que se adequa ao conceito de universalização segundo o Marco Legal do Saneamento.

Do total das 27 capitais brasileiras, só 9 têm abastecimento acima de 99%.

Estão na região Norte as cinco cidades grandes com os piores acessos à água potável: Porto Velho, com apenas 41,79% da população; Ananindeua (PA), com 42,75%; Santarém (PA), com 48,8%; Rio Branco, com 53,5% e Macapá, com 54,38%. Três delas são capitais.

Já em relação à rede de esgoto, apenas cinco cidades têm 100% de coleta: Belo Horizonte e as paulistas Santo André, Piracicaba, Mauá e Bauru. Outras 35 cidades têm índice superior a 90%, o que também atende aos critérios do Marco Legal para universalização.

Além disso, seis cidades têm 100% de esgoto tratado e outras 23 têm índice superior a 80%, o que as coloca no critério de universalização. A média do tratamento de esgoto entre as cem maiores cidades é de 65,55%, enquanto a média brasileira é de 52,23%.

São João do Meriti (RJ) tem o pior índice, com nada do esgoto tratado. Outras cidades da Baixada Fluminense também aparecem entre as piores da lista, como Duque de Caxias e Belford Roxo.

É na região Norte onde estão as piores capitais em termos de esgoto.

Em Porto Velho e Macapá, menos de 10% da população tem coleta. Na capital de Rondônia, apenas 1,71% do esgoto é tratado. Em Belém, onde quase 20% da população está ligada à rede, só 2,38% dos dejetos são tratados. Em Rio Branco, 0,72%.

Outro indicador avaliado no ranking do Trata Brasil foram as perdas na distribuição de água, medida pela relação entre água produzida e água efetivamente consumida nas residências.

Em média, 35,04% da água produzida nas maiores cidades do país foi perdida na distribuição, melhora em relação aos 36,51% do ano anterior. Só 14 cidades tiveram perdas abaixo de 25%, valor considerado adequado pelo instituto.

Em outras 20 cidades, a perda supera os 50%.

Com informações da Folhapress





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