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Economia
Quarta - 27 de Março de 2024 às 10:28
Por: Sofia Pinheiro/Primeira Página

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O Relatório de Transparência Salarial, com recorte de gênero, divulgado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE) revela que as mulheres em Mato Grosso ganham 31,4% a menos do que os homens. Os dados foram compartilhados nessa segunda-feira (25).

Imagem mostra mulher trabalhando em um computador Foto: Helena Corezomaé

Conforme o estudo, Mato Grosso é o quarto estado com maior desigualdade salarial no Brasil. Confira tabela abaixo:

Estados com maior desigualdade salarial:

  • Espírito Santo – mulheres recebem 35,1% a menos que os homens
  • Paraná – mulheres recebem 33,8% a menos que os homens
  • Mato Grosso do Sul – mulheres recebem 32,6% a menos que os homens
  • Mato Grosso – mulheres recebem 31,4% a menos que os homens

A diferença de remuneração entre homens e mulheres no relatório varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em Mato Grosso, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 32,4%.


Os dados fazem parte do 1º Relatório de Transparência Salarial já publicado no país com recorte de gênero, que contém os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários.

Ao todo, 837 empresas mato-grossenses responderam ao questionário e, juntas, somam 229.467 empregados.

Recorte por raça

O relatório também mostra que mulheres negras, embora maioria no mercado de trabalho em Mato Grosso, recebem menos do que as mulheres brancas. O mesmo acontece com os homens.

  • remuneração média da mulher negra: R$ 2.497,20
  • remuneração média da mulher não negra: R$ 3.180,62
  • remuneração média dos homens negros: R$ 3.891,02
  • remuneração média dos homens não negros: R$ 4.218,34

Políticas de incentivo

O relatório também informa se as empresas têm políticas de incentivo para contratar mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios.

Em Mato Grosso, a maioria das empresas possuem planos de cargos e salários, mas faltam em incentivos para contratações de mulheres negras.

Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade ou paternidade estendida (17,1%) e auxílio-creche (13%).





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