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Quinta - 28 de Março de 2024 às 16:31
Por: Mariana da Silva/Gazeta Digital

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Mariana da Silva

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Em tempo de quaresma, a Sexta-Feira Santa é marcada pelo jejum, penitência e recolhimento. A data remete ao dia em que Jesus Cristo foi morto crucificado, dois dias antes de ressuscitar no domingo de Páscoa. Para os católicos, durante este dia a recomendação é de se abster da alimentação de carne vermelha, no entanto, nem todos entendem o motivo para se evitar o alimento.

De acordo com o pároco da Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus, padre Deusdédit Monge Almeida, a tradição tem sua explicação fundamentada nos preceitos bíblicos.

“A carne é um alimento substancial e essencial na mesa, para a fonte de proteína animal. Então, a carne sendo um alimento de cada dia, renunciamos a ela para fazer aquela moderação, a disciplina interior, em função do nosso excesso de busca de prazer da carne, a satisfação dos nossos sentidos”, afirma.

Mariana da Silva

Padre Deusdédit Monge Almeida

Segundo o religioso, não basta somente deixar de consumir o alimento. É preciso fazer obras de caridade para que o jejum seja pleno. “Essa carne que deixamos de comer, é importante tirar o valor dela e entregar para alguém que precisa. Nosso jejum não é completo enquanto não olhar para os irmãos. Ele tem uma função social de solidariedade. Todo jejum deve ser regado pelas obras de misericórdia. É dar alimento aos pobres, é vestir os nus, é libertar os cativos. Obras de bondade, de misericórdia”, complementa.

A prática consumir peixe durante o período também tem sua base nas escrituras sagradas do cristianismo. Conforme o padre, o peixe foi o alimento que Jesus Cristo utilizou em seus milagres de multiplicação para alimentar os seguidores e está associado ao alimento eucarístico.

“O peixe é um alimento bíblico, um alimento saudável que nos favorece e nos aproxima de Deus, mas tem que ter essa referência com Jesus. A gente tem que lembrar também com o peixe de não exagerar ao comer, o espírito é sempre moderação. Quem puder pode passar com pão e água na sexta-feira. É um alimento sóbrio. A sobriedade é tudo isso”, salienta.

Conforme Deusdédit, o jejum é recomendado para quem possui de 14 anos a 75 anos, mas além das restrições alimentares, pode ser substituído por ações de caridade, como visitar pessoas enfermas nos hospitais e ajudar os mais necessitados.

O padre também recomenda a participação nas missas do calendário católico e comungar nas datas, fazer a confissão e participar da celebração das 15 horas na Sexta-Feira Santa. Para as outras crenças é também um momento de oração, de se encontrar com Deus, com a família.

Confira a programação:





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