Mãe quis fazer justiça e pode ter matado inocente, diz delegado Presos no MS, Jocilene Barreiro e seu filho Wanderley Barreiro da Silva foram trazidos para Cuiabá
Angélica Callejas/MidiaNews
Os delegado Nilson Farias e Olímpio Fernandes Júnior, durante coletiva de imprensa
A Polícia Civil revelou que Jocilene Barreiro, de 60 anos, estaria ansiosa pela execução do empresário Gersino Rosa dos Santos, morto em novembro de 2023 no Shopping Popular, em Cuiabá.
Ela e o filho, Wanderley Barreiro da Silva, de 31, pensavam que o empresário havia encomendado a morte de um familiar, segundo as investigações, e por isso quiseram se vingar.
Os dois foram presos na terça-feira (2) em Campo Grande (MS) e foram trazidos nesta quinta para Cuiabá.
Conforme o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa, a família cometeu um erro ao se precipitar e fazer “justiça com as próprias mãos", uma vez que o Gersino sequer constava como suspeito no inquérito que investiga a morte de Girlei Silva da Silva, conhecido como "Maranhão", filho de Jocilene e irmão de Wanderley.
“A mãe estava, segundo foi investigado, muito ansiosa para que acontecesse o crime para ver se dava um acalento no seu coração por ter perdido seu filho. Mas não é assim que se resolvem as coisas. As leis existem para ser seguidas”, disse o delegado.
“Quiseram fazer justiça com as próprias mãos. No entanto, a investigação da morte do ‘Maranhão’, que corre aqui na delegacia, até o presente momento, não tinha o empresário como suspeito”, completou.
O delegado conta que o filho de Jocilene foi assassinado 14 dias antes da morte de Gersino. Ele e o empresário teriam tido um desacordo por causa da venda de um celular e pouco depois "Maranhão" foi morto.
Mãe e filho teriam contratado por R$ 10 mil os serviços de Sílvio Júnior Peixoto, de 26 anos. Ele confessou ter cometido o crime.
Os três vieram a Cuiabá no dia do crime para que Sílvio executasse o “serviço”. Na ação, o vendedor Cleiton de Oliveira de Souza Paulino, de 27 anos, foi morto em outra banca por acidente.
“Pode ser que a vítima nem tenha relação com o crime e, infelizmente, por uma avaliação precipitada, acabou pagando com a própria vida”.
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