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Sábado - 20 de Abril de 2024 às 09:50
Por: Vitória Gomes/Mídia News

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O deputado estadual Júlio Campos
O deputado estadual Júlio Campos

O deputado estadual Júlio Campos (União) defendeu o confisco das terras do pecuarista Claudecy Oliveira Lemes caso ele não pague a multa de R$ 2,8 bilhões pelo desmate químico no Pantanal, em Barão de Melgaço.

Não é possível que não tenha condição de punir rigorosamente esse cidadão

Lemes foi denunciado por usar herbicidas contendo substâncias tóxicas para desmatar 80 mil hectares na região. O agrotóxico atingiu vastas áreas de vegetação em, ao menos, 11 propriedades rurais pertencentes ao investigado.

Além dos R$ 2,8 bilhões para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), foi aplicada uma multa de R$ 2,3 bilhões valoração do dano ambiental.

“Se ele não pagar tem que tomar a propriedade dele. Ele perde a propriedade para o Estado”, afirmou Júlio à imprensa.


Na quinta-feira (18) a Justiça do Mato Grosso negou a prisão do fazendeiro. O juiz João Francisco Campos afirmou que a aplicação de medidas cautelares, no lugar da prisão, seria “adequada para atingir os pretensos fins” da investigação.

Júlio cobrou uma legislação mais dura contra o fazendeiro e rechaçou a ideia de que ele saia impune após o crime ambiental.

“Por que quando sou acionado pela Secretaria de Fazenda para pagar multinha de trânsito e se não pagar meu nome fica sujo, perco meu patrimônio e meus bens vão a leilão? Por que um cidadão que destruiu, assassinou 80 mil hectares, acabando com a fauna e a flora pantaneira, que é uma área de preservação nacional, sairia impune?”, questionou.

“Não é possível que não tenha condição de punir rigorosamente esse cidadão. O governador tem razão, não adianta o Governo ser duro se as leis serem moles”, disse.

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