Mauro Mendes diz que emendas estão sendo mal gastas
O governador Mauro Mendes (União) classificou o aumento dos valores das emendas parlamentares no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) como "captura do orçamento". Na avaliação dele, isso estaria gerando a perda da qualidade na aplicação dos gastos públicos.
“Essa captura do orçamento pelo Congresso Nacional está sendo reproduzida nas Assembleias Legislativas (...) Aí começa a ter uma pulverização gigante de recurso. Está tendo uma perda quase completa da qualidade do gasto do dinheiro público. Isso é um problema grave no nosso país”, afirmou o governador durante entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura.
Para o governador, os recursos das emendas impositivas tem sido mal gasto pelos deputados pelo fato de pulverizar as emendas. “Essa pulverização de emendas distribui um pouco para lá, um pouco para cá. Tem um lado positivo se fosse bem utilizado. Mas quando isso começa a virar essas histórias que conhecemos no Brasil...”, continuou.
A declaração é uma crítica indireta aos deputados estaduais de Mato Grosso, que travaram batalha com o governo no final do ano passado para aprovar o aumento de 2% do orçamento do Estado para as emendas parlamentares. O governador chegou a judicializar a questão, porém, o aumento prevaleceu, alterando apenas a destinação, que ficaram 50% das emendas para a saúde pública.
O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (União), foi questionado sobre a declaração do governador Mauro Mendes. Segundo ele, Mato Grosso não se encaixa na crítica porque não teve um aumento substancial das emendas como ocorreu no Congresso, que tem mais de R$ 50 bilhões emendas.
“Nós temos um valor que não é alto. A receita corrente líquida do estado aí vai chegar quase na casa aí dos R$ 35, R$ 40 bilhões e nós temos aqui patamares em torno de R$ 500 milhões distribuído entre os deputados. Então aqui dentro do estado é muito bem distribuído, eu acho que o deputado faz um trabalho bom com isso, porque ele vê aquelas obras pequenas que como um campeonato de futebol, como uma distribuição de barraca pra feirantes, que o Estado, na sua grandeza, às vezes passam despercebidos”, afirmou.
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