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Educação/Vestibular
Domingo - 05 de Maio de 2024 às 08:37
Por: Cristiane Guerreiro/Gazeta Digital

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Em um ano, aumentou em 200% o número de casos de violência em creches públicas e particulares em Mato Grosso. As ocorrências envolvem maus-tratos contra crianças de 0 a 5 anos. Em 2022, foram 13 casos registrados. No ano passado, somaram 39. Já as ocorrências de lesão corporal, envolvendo a mesma faixa etária, aumentaram 43%. De 40 casos registrados em 2022, o número passou para 57 no ano passado.


Este ano, de janeiro a abril, já são 25 ocorrências registradas contra crianças de 0 a 5 anos em creches. Sendo 16 casos de lesão corporal e 9 de maus-tratos. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).


Em Cuiabá, dois casos de maus-tratos em creches municipais ganharam notoriedade na semana passada. A. F. de N. S. O, 31, mãe de uma criança de 1 ano e 2 meses, denunciou a Creche Municipal Rosângela de Campos, localizada no bairro Pedregal, após verificar hematomas nas costas da filha. “Quando cheguei em casa, vi as marcas de mão e dedos no corpo dela. Fiquei em choque, e pelo tamanho parece ser mão de adulto. Está não foi a primeira vez que ela voltou machucada da creche”.


Depois do ocorrido, a equipe gestora foi exonerada de suas funções de direção e coordenação pedagógica, e um interventor foi nomeado para atuar na unidade, dando continuidade à apuração de responsabilidades. Também foi aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), e a criança foi transferida para outra unidade da rede pública. Um grupo de pais realizou protesto contra a decisão, na quinta-feira (2), em frente à unidade.


O caso é investigado pela Polícia Civil.


Outro fato envolveu uma criança de 2 anos, na Creche Municipal Renisea Guilhermette Barua, no bairro Despraiado. A mãe da criança, que não teve a identificação revelada, relatou maus-tratos e ausência de Cuidadoras de Alunos com Deficiência (CAD). Em um vídeo, ela aparece chorando, e mostrando os hematomas no corpo da criança. “Minha filha não sabe se defender e não fala. Todas às vezes que a busco na creche, ela volta estranha. Essa última vez, com lesões roxas, além de arranhões e sinais de mordidas”. Em nota, a Secretaria de Educação, informou que apura as responsabilidades, e que será avaliada a necessidade de uma CAD. Ressalta que promove formações continuadas e orientação aos profissionais.





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