Cuiabá é uma das 15 capitais sem o Plano de Mudanças Climáticas O levantamento foi feito em maio de 2024 com base em pesquisas nos sites de prefeituras e de outras instituições
Um levantamento feito pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) revelou que, das 27 capitais brasileiras, incluindo o Distrito Federal, 15 não contam com o Plano de Mudanças Climáticas.
O levantamento foi feito em maio de 2024, com base em pesquisas nos sites de prefeituras e de outras instituições governamentais.
As capitais brasileiras que não contam com o Plano de Mudanças Climáticas são:
- Aracaju (SE)
- Belém (PA)
- Boa Vista (RR)
- Campo Grande (MS)
- Cuiabá (MT)
- Goiânia (GO)
- Maceió (AL)
- Macapá (AP)
- Manaus (AM) - Natal (RN)
- Palmas (TO)
- Porto Alegre (RS)
- Porto Velho (RO)
- São Luiz (MA)
- Vitória (ES)
Fonte: Instituto Jones Santos Neves
Já as 11 capitais brasileiras que têm o Plano são: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Teresina (PI).
O estudo também apontou que o documento está em processo de elaboração em Manaus, Belém, Vitória e Porto Alegre.
De acordo com o instituto, o Plano de Mudanças Climáticas é um desafio global que está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de número 13, da Organização das Nações Unidas (ONU), que é o de reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação aos riscos relacionados ao clima e catástrofes naturais em todos os países.
O IJSN é vinculado à Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP) do Espírito Santo, e tem como finalidade produzir conhecimento e subsidiar políticas públicas através da elaboração e implementação de estudos, pesquisas, planos, projetos e organização de bases de dados estatísticos e georreferenciados, nas esferas estadual, regional e municipal.
VITÓRIA E PORTO ALEGRE - Entre as 15 cidades que não têm o plano, estão Vitória, no Espírito Santo, e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Os dois estados registraram tragédias climáticas em março e maio de 2024, respectivamente.
No caso do Espírito Santo, um forte temporal provocou uma enxurrada no Sul do estado entre a noite do dia 23 e madrugada do dia 24 de março.
Ao todo, 20 pessoas mortos nos municípios de Mimoso do Sul (18) e Apiacá (2), além de mais de 15,7 mil pessoas precisaram sair de casa em diversas cidades da região.
Já no Rio Grande do Sul, as chuvas intensas desde o dia 29 de abril já são consideradas a maior tragédia climática do Estado.
RECORRÊNCIA DE EVENTOS EXTREMOS - A recorrência cada vez maior de eventos extremos como resultado das mudanças climáticas é uma realidade mundial que exige planejamento e gestão locais para o enfrentamento e prevenção dos desastres socioambientais.
De acordo com o diretor geral do IJSN, o Plano de Mudanças Climáticas é um instrumento de planejamento e gestão fundamental em nível local. No entanto, observa-se um grande despreparo dos municípios brasileiros.
“Os eventos extremos demonstram a necessidade de os municípios brasileiros de se prepararem adequadamente para o enfrentamento e prevenção das catástrofes climáticas, por meio de estratégias de respostas, mitigação e adaptação. O Plano de Mudanças Climáticas é uma das principais ferramentas que possibilita congregar tais estratégicas”, explicou.
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