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Quarta - 15 de Maio de 2024 às 11:00
Por: Por Leandro Agostini, TV Centro América

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Várzea Grande completa 156 anos — Foto: Prefeitura de Várzea Grande

Várzea Grande completa 156 anos — Foto: Prefeitura de Várzea Grande

Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, completa 157 anos de fundação nesta quarta-feira (15). Para comemorar a data, haverá desfile cívico a partir das 16h, na Avenida Couto Magalhães , com participação de instituições e clubes de serviços.

Segundo o historiador Suelme Evangelista Fernandes, a cidade é a segunda maior de Mato Grosso e a origem de Várzea Grande está ligada à Guerra do Paraguai e dos indígenas Guanás.

“Naquela época, Mato Grosso era uno, o presidente do Paraguai invadiu a região de Corumbá, Dourados, e isso criou um conflito internacional entre os dois países. Parte dos prisioneiros dessa guerra vieram para Cuiabá e foi constituindo um assentamento de prisioneiros de guerras ali na beira, onde hoje é a ponte Júlio Müller, que liga Cuiabá a Várzea Grande, do lado direito do rio. Estabeleceu-se um presídio enorme e ali também já habitavam os indígenas chamados Guanás”.

Ainda de acordo com o historiador, Várzea Grande sempre foi um lugar de passagem para Vila Bela da Santíssima Trindade, do outro lado do rio e um local que se utilizava as balsas para atravessar de um lado do rio para o outro.

Em 1867, ocorreu a emancipação de Várzea Grande, exatamente dois anos após o fim da Guerra do Paraguai, o que explica a maioria dos monumentos serem dedicados a heróis de guerra do Paraguai.

Curiosidades de Várzea Grande:

  • Terra era ocupada pelos índios Guanás
  • Município foi fundado em 1867
  • Desmembrado de Cuiabá em 1948
  • Primeira balsa para travessia entre Cuiabá e Várzea Grande foi inaugurada em 1874
  • Nossa Senhora da Guia foi a primeira igreja construída
  • Em 1942, o interventor Júlio Müller inaugurou a ponte de concreto, unindo Várzea Grande a Cuiabá
  • O primeiro prefeito municipal nomeado foi o major Gonçalo Romão de Figueiredo

Cultura

Um exemplo da cultura que marca Várzea Grande são as rendeiras, que levam a arte das redes por séculos. A presidente do Tece Arte, Gilane Maria, diz que as redes vendidas geram renda para 200 famílias da comunidade.

“Antigamente, tinha outras mulheres de outras comunidades que faziam, mas infelizmente hoje em dia não tem mais, inclusive nossa cultura estava quase em extinção, mas depois de muitas lutas e motivar as mulheres da nossa comunidade que estavam desacreditadas, nós conseguimos fazer com que elas voltassem a confeccionar, conseguimos fazer o resgate.”, explica.
As redes vendidas geram renda para 200 famílias da comunidade — Foto: Reprodução

As redes vendidas geram renda para 200 famílias da comunidade — Foto: Reprodução

Vocação industrial

A vocação industrial ganhou notável impulso. Inúmeras doações de áreas, incentivos fiscais de toda natureza, infraestrutura adequada permitiram a atração de grandes grupos financeiros.

Disseminou-se a industrialização, a Alameda Júlio Müller, antigo caminho de pescadores, ganhou ares de distrito industrial, instalou-se ali a empresa Sadia Oeste, grande geradora de divisas e empregos.

Nas proximidades cresceu o grande bairro Cristo Rei, o maior de Várzea Grande e celeiro da mão-de-obra local. A explosão da industrialização, ocorrida em quase todos os quadrantes do município estimulou o comércio, que ferve em toda a extensão da Avenida Couto Magalhães.





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