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Saúde
Quarta - 22 de Maio de 2024 às 09:20
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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As duas doenças são causadas por arbovírus, como o mosquito da dengue, que as identificam e que potencialmente podem emergir e provocar surtos.
As duas doenças são causadas por arbovírus, como o mosquito da dengue, que as identificam e que potencialmente podem emergir e provocar surtos.

Mato Grosso registrou 22 casos das febres do mayaro e oropouche, no primeiro quadrimestre deste ano.

A confirmação foi feita por meio da análise de 93 amostras que se enquadraram como suspeitas, realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen), da Secretaria de Estado de Saúde.


Do total, 16 exames tiveram diagnóstico positivo para a febre oropouche e seis para a do mayaro.

As duas doenças são causadas por arbovírus, com os mesmos nomes que as identificam e que potencialmente podem emergir e provocar surtos.

De acordo com informações da SES-MT, o objetivo da investigação foi analisar e fornecer informações laboratoriais sobre a circulação do vírus mayaro e oropouche no Estado, para subsidiar aos gestores de Saúde na tomada de decisões.

Conforme o relatório técnico de investigação laboratorial de vírus disponibilizado pelo órgão estadual, os casos estão distribuídos por sete cidades.

Em relação a febre oropouche, os resultados positivos são dos municípios de Guarantã do Norte (4), Rosário Oeste (11) e Campo Verde (1).

Já os da febre mayaro são de Várzea Grande (2), Tangará da Serra (1), Lucas do Rio Verde (1), Querência (1) e Rosário Oeste (1).

Os pacientes têm entre 16 e 76 anos.

A detecção das doenças foi feita por meio de busca ativa realizada em amostras suspeitas de pacientes com histórico de hospitalização e que tiveram resultados negativos para dengue, zika e chikungunya.

Até o momento, não há relatos de óbitos associados às arboviroses, porém a detecção do vírus no fluido cérebro-espinhal sugere que podem comprometer o sistema nervoso central.

O QUE SÃO: A febre do mayaro é transmitida a partir da picada de mosquitos que se infectam ao se alimentar do sangue de primatas ou humanos infectados com o vírus.

O homem é considerado um hospedeiro acidental, quando frequenta o habitat dos hospedeiros e vetores silvestres infectados.

Os sintomas são semelhantes aos provocados pelo vírus chikungunya.

O quadro clínico inicia-se com síndrome febril aguda inespecífica e que pode acompanhar cefaleia, mialgia e exantema.

Também pode ocorrer artralgia, que pode ser acompanhada de edema articular, e é o principal sintoma das formas severas e, ocasionalmente, pode ser incapacitante ou limitante, persistindo por meses.

Casos graves podem apresentar encefalite (inflamação no cérebro), mas na maioria dos casos a doença é autolimitada, com o desaparecimento dos sintomas em uma semana.

Já a febre oropouche é transmitida pelo “Culicoides paraenses”, também conhecido como “maruim” ou mosquito-pólvora.

Assim como ocorre com a mayaro, a febre de oropuche possui similaridades de sintomas com outras arboviroses, principalmente dengue, como cefaleia, mialgia, artralgia, anorexia, tontura, arrepios e fotofobia.

Alguns pacientes relatam exantema, náusea, vômitos, diarreia, conjuntivite, dor epigástrica e dor retro orbital.

Vale reforçar que não há registro de transmissão de uma pessoa para outra diretamente nos dois tipos de febres.

As medidas de prevenção contra as enfermidades envolvem evitar a picada de mosquitos infectados.

Ao adentrar em locais de mata e beira de rios, deve-se fazer uso de repelentes, roupas compridas, usar cortina e mosquiteiros em áreas rural e silvestre.

Especificamente sobre a oropouche, a eliminação dos criadouros envolve eliminar os acúmulos de lixo, promovendo limpezas de terrenos ou quintais, lajes, caixas d’água e cisternas, bem como realizar a vistoria para eliminar qualquer tipo de água parada que propiciem que os mosquitos depositem ovos.





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