Cerca de 60% dos usuários de cigarros eletrônicos nunca fumaram Dispositivos eletrônicos contêm aditivos com sabores, substâncias tóxicas e nicotina. Causa que causa dependência, adoecimento e morte
esquisas mostram que aproximadamente 60% dos atuais usuários de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), mais conhecidos como cigarros eletrônicos, entre as pessoas de 18 a 34, é composta por indivíduos que nunca fumaram o cigarro convencional.
Também a prevalência do uso atual de DEFs e cigarros convencionais na faixa etária mais jovem, de 18 a 24 anos, é quase dez vezes a apresentada pelo grupo de indivíduos de 35 anos ou mais.
Entre os principais motivos para usar esses dispositivos estão o desejo de experimentar (20,5%), gosto ou sabores (17,2%) e porque faz menos mal, substituir e não voltar a fumar (5,8%).
Contudo, diversos estudos mostram que o cigarro eletrônico estimula a dependência química e, em sua maioria, os DEFs contêm aditivos com sabores, substâncias tóxicas e nicotina, que é uma droga que causa dependência, adoecimento e morte.
Dados como estes foram apresentados durante o “Encontro Estadual de Mobilização”, realizado sexta-feira (24), em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco, comemorado dia 31 de maio.
O evento, transmitido virtualmente, teve como debate central o fortalecimento das redes para a proteção de crianças e adolescentes contra a interferência da indústria do tabaco.
A temática foi sugerida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e é seguida pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Em Mato Grosso, o encontro foi organizado pela Secretaria de Estado de Saúde e voltado para profissionais, estudantes e população em geral.
O tabagismo é uma doença que afeta milhares de pessoas todos os anos e acarreta prejuízos para a sociedade, sobrecarregando os serviços de saúde e pode resultar em morte.
Como forma de frear o consumo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu pela proibição dos DEFs no Brasil, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada Nº 855/2024.
Além da proibição, o uso desses dispositivos em ambientes fechados de acesso público ou privado continua vetado.
“É preciso que o Estado e os municípios mobilizem ações de prevenção, redução e controle do uso do tabaco, incluindo ações educativas, legislativas, econômicas, ambientais, culturais e sociais para a promoção da saúde e de ambientes livres do tabaco”, disse a responsável técnica pelo Enfrentamento ao Tabaco e Seus Derivados da Ses-MT, Milady Oliveira.
CUIABÁ – O Procon de Cuiabá emitiu notificação orientativa aos shoppings centers e à Associação do Shopping Popular sobre a resolução 855/2024 da Anvisa.
A notificação dos estabelecimentos foi feita no dia 23 deste mês com o objetivo de garantir o cumprimento efetivo da norma.
"Todos os estabelecimentos devem imediatamente interromper a venda, distribuição e publicidade de dispositivos eletrônicos para fumar e seus componentes”, alertou o secretário-adjunto de Proteção e Defesa do Consumidor, Genilto Nogueira.
Conforme Nogueira, os produtos em estoque devem retirados das prateleiras e dos canais de venda, tanto físicos quanto online, para garantir o cumprimento das normas estabelecidas.
Portanto, funcionários e parceiros comerciais devem ser informados sobre a proibição vigente e as implicações legais de descumprir a norma.
O órgão garantiu ainda que intensificará as ações de fiscalização com o objetivo de coibir a comercialização ilegal dos dispositivos.
O descumprimento poderá resultar em ações judiciais para apuração de responsabilidades cíveis e criminais.
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