Mendes confirma queda e pede "cuidado" com gastos públicos Governador do Estado apontou ainda que folha de pagamento cresceu mais que arrecadação no passado

O governador Mauro Mendes (União) confirmou que Mato Grosso enfrenta uma queda no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e alertou para um “sinal amarelo” nas finanças do Estado.

É momento de ter cautela, de ter cuidado com o gasto público para não permitir que o Estado volte ao que já foi

A declaração foi dada nesta segunda-feira (3) durante o evento que marcou a nomeação de 30 novos fiscais de tributos estaduais, da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).

“A receita do ICMS não está se comportando como deveria. Existem fatores que explicam isso, como a queda da produção, do preço das comodities, porque custando menos vai colocar um número menor de dinheiro em circulação. E com dinheiro a menos, uma série de investimentos, concessões e comércio também são retraídos”, afirmou.

“Portanto, é momento de ter cautela, de ter cuidado com o gasto público para não permitir que o Estado volte ao que já foi ou que perca sua capacidade de fazer investimento, porque isso melhora a qualidade de vida das pessoas”, completou.

O governador, no entanto, não deu detalhes de quanto foi a queda na arrecadação com o principal imposto estadual.

O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, também apontou a queda na arrecadação e citou a quebra de 15% da safra de milho e da soja e a redução de preços como a combinação que contribuiu para a frustração na receita estadual.

Outro fator destacado por Mendes foi o aumento das despesas em comparação com a receita do Estado.

Segundo o governador, enquanto no ano passado a receita cresceu 5%, a folha de pagamento, que é maior despesa de Mato Grosso, cresceu o dobro, chegando a 10%.

“Já disse há algum tempo que temos a luz amarela ligada [...]. Começa a ter um descasamento, porque nomeamos mais de mil profissionais da Segurança, nomeamos também em outras áreas e tudo isso vai impactando na despesa”, disse.