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Quarta - 05 de Junho de 2024 às 15:50
Por: Allan Mesquita/Gazeta Digital

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O governador Mauro Mendes (União) criticou as regalias de detentos dentro das penitenciárias do país ao comentar sobre a escalada da criminalidade em Mato Grosso e a, segundo ele, frouxidão das leis penais. Durante entrevista ao programa Pânico (Jovem Pan), nesta quarta-feira (5), Mendes disse que criminosos não temem a lei brasileira, pois sabem que serão soltos após cumprir parte da pena. O gestor ainda citou, em tom de ironia, que presidiários têm direito a “sexo 3 vezes por semana”. Contudo, oficialmente, as visitas aos presos ocorrem apenas aos fins de semana.


“Nós tínhamos 6,5 mil vagas nos presídios e lotou tudo. Passa um pouco a Justiça solta. O cara tem direito a regressão de pena, se estuda, faz isso ou aquilo. Vai para a cadeia, tem direito a sexo 3 vezes por semana, tem visita. É um absurdo”, disse.


Apesar de fazer apontamentos às regalias de presos, Mendes também já foi bastante criticado por ceder benefícios aos detentos. Em abril, o gestor anunciou que os reeducandos que estivessem trabalhando teriam celas com ar-condicionado nos presídios de Mato Grosso.


No entanto, para o Pânico, o gestor declarou que certas vantagens e a falta de punição severa colaboram para o aumento da violência e das organizações criminosas, que seguem se consolidando de forma descontrolada no estado.

“O povo está reclamando com razão. As facções criminosas estão crescendo no meu estado e não vou ficar mentindo. O que eu posso fazer como governador? Investir na polícia, contratar mais policiais, comprar armamento, isso nós estamos fazendo”, continuou.


Ao final, voltou a culpar o Congresso por não endurecer as leis existentes e alertou que o Brasil poderá se tornar o “país do narcotráfico”. “Com a lei brasileira que nós temos hoje, o cara comete um crime de forma horrível, mata o cidadão, é condenado a 15, 18 anos. Ele cumpre 1/6 da pena e já está em liberdade. Ele coloca a tornozeleira eletrônica e ostenta. Ele acha muito bonito mostrar aquilo. É uma inversão de valores muito grande. Enquanto a gente permitir que isso vá nessa direção, o Brasil vai virar um país do narcotráfico”, disse.

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