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Vereadores pedem processo contra colega por quebra de decoro Paulo Henrique é acusado de agir politicamente para liberação de shows usados para lavar dinheiro
Um grupo de sete vereadores de Cuiabá entregou à Mesa Diretora, no fim da manhã desta segunda-feira (10), um pedido de abertura uma investigação por quebra de decoro parlamentar contra o vereador Paulo Henrique (MDB).
O pedido se baseia nas investigações da Operação Ragnatela, deflagrada pela Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), na semana passada.
Paulo Henrique teve a casa vasculhada por policiais por, supostamente, auxiliar uma organização criminosa a receber licenças para realizar shows em Cuiabá.
Assinam o documento os vereadores Maysa Leão (Republicanos), Michely Alencar (União), Dilemário Alencar (União), Sargento Joelson (PSB), Demilson Nogueira (PP), e vereador Luiz Fernando (União), e Eduardo Magalhães (Republicanos).
"Os vereadores abaixo assinados solicitam a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá que o grave caso que envolve o nome do vereador Paulo Henrique seja remetido à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, para os devidos encaminhamentos, devendo a apontada Comissão emitir parecer sobre o caso, observando o devido processo legal e o direito de ampla defesa e do contraditório ao parlamentar”, consta em trecho do documento.
O pedido dos parlamentares será analisado pelo presidente, que poderá determinar – de ofício – a abertura do processo disciplinar. Se a comissão entender que o vereador tem responsabilidade sobre as acusações, poderá ter o mandato cassado e até ficar inelegível.
“Se achar que é necessário a cassação que a Comissão de Ética tome as suas providências. Estamos provocando e solicitando a comissão”, disse o vereador Luiz Fernando à reportagem.
A comissão é presidida pelo vereador Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), e membros Wilson Kero-Kero (MDB) e Kássio Coelho (Podemos).
Veja documento:
Operação Ragnatela
A operação cumpriu oito mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão em Mato Grosso e Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.
O esquema seria chefiado por Joadir Alves Gonçalves, vulgo "Jogador", que foi preso.
Também estão entre os alvos o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, o "Gordão", que era proprietário do antigo Dallas Bar, o também promotor de eventos Jardel Pires.
Conforme as investigações, o esquema consistia na lavagem de dinheiro do tráfico por meio de shows musicais de artistas nacionais.
A Ficco é composta por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar de Mato Grosso.[
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