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Segunda - 10 de Junho de 2024 às 13:27
Por: Cíntia Borges/Midia News

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O vereador Paulo Henrique, que foi alvo de operação na semana passada
O vereador Paulo Henrique, que foi alvo de operação na semana passada

Um grupo de sete vereadores de Cuiabá entregou à Mesa Diretora, no fim da manhã desta segunda-feira (10), um pedido de abertura uma investigação por quebra de decoro parlamentar contra o vereador Paulo Henrique (MDB).

O pedido se baseia nas investigações da Operação Ragnatela, deflagrada pela Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), na semana passada.

Paulo Henrique teve a casa vasculhada por policiais por, supostamente, auxiliar uma organização criminosa a receber licenças para realizar shows em Cuiabá.

Assinam o documento os vereadores Maysa Leão (Republicanos), Michely Alencar (União), Dilemário Alencar (União), Sargento Joelson (PSB), Demilson Nogueira (PP), e vereador Luiz Fernando (União), e Eduardo Magalhães (Republicanos).


"Os vereadores abaixo assinados solicitam a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá que o grave caso que envolve o nome do vereador Paulo Henrique seja remetido à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, para os devidos encaminhamentos, devendo a apontada Comissão emitir parecer sobre o caso, observando o devido processo legal e o direito de ampla defesa e do contraditório ao parlamentar”, consta em trecho do documento.

O pedido dos parlamentares será analisado pelo presidente, que poderá determinar – de ofício – a abertura do processo disciplinar. Se a comissão entender que o vereador tem responsabilidade sobre as acusações, poderá ter o mandato cassado e até ficar inelegível.

“Se achar que é necessário a cassação que a Comissão de Ética tome as suas providências. Estamos provocando e solicitando a comissão”, disse o vereador Luiz Fernando à reportagem.

A comissão é presidida pelo vereador Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), e membros Wilson Kero-Kero (MDB) e Kássio Coelho (Podemos).

Veja documento:

Operação Ragnatela

A operação cumpriu oito mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão em Mato Grosso e Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.

O esquema seria chefiado por Joadir Alves Gonçalves, vulgo "Jogador", que foi preso.

Também estão entre os alvos o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, o "Gordão", que era proprietário do antigo Dallas Bar, o também promotor de eventos Jardel Pires.

Conforme as investigações, o esquema consistia na lavagem de dinheiro do tráfico por meio de shows musicais de artistas nacionais.

A Ficco é composta por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar de Mato Grosso.[





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