Mendes diz que vai “sufocar” facções com mais operações em MT Governador defendeu que faccionados sejam classificados como terroristas e tenham penas mais duras
O governador Mauro Mendes (União) afirmou que tem reforçado o combate ao crime organizado e prometeu um aumento de operações para “sufocar” os bandos que atuam no Estado.
Uma bela ideia é classificar qualquer organização criminosa como terrorista
Em entrevista à rádio CBN Cuiabá, nesta segunda-feira (10), Mendes admitiu que as organizações criminosas estão crescendo “violentamente” em Mato Grosso.
“Chamei o secretário de Segurança, coronel César Roveri, a delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, e pedi o máximo de empenho possível. [...] Operações em cima de operações. Vamos sufocar para que a gente possa tentar controlar esse crescimento”, afirmou.
“Mato Grosso, por ser um Estado de fronteira, tem muito interesse por causa do trânsito de drogas. Então, estamos sufocando e pode escrever que terão muitas operações ainda, vai ter muita ação sendo coordenada pelas forças de segurança e o Governo tem feito todos os investimentos possíveis”, acrescentou.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) informou que apenas entre janeiro e abril de 2024 já foram realizadas 100 operações integradas de repressão às organizações criminosas. Em 2023 foram 130 operações e, em 2022, 94.
Faccionados são terroristas
Em defesa do endurecimento das leis contra membros de organizações criminosas, o governador mostrou apoio à ideia de classificar os faccionados como terroristas.
“Esse ato de tráfico de drogas causa uma série de outros crimes, roubos, assassinatos, lares são destruídos, vidas destruídas. Isso é terrorismo. Uma bela ideia é classificar qualquer organização criminosa como terrorista”, disse.
“Quem foi em Brasília e cometeu um ato que não devia, estava errado, mas eram todos cidadãos de bem, pais de família que trabalhavam, estão presos como terroristas. Os caras que estão traficando e assassinando são tratados com dengo pelo Estado”, afirmou.
Mendes reiterou sua cobrança ao Congresso Nacional alegando que a Polícia tem feito seu papel, mas ainda é necessário uma legislação “mais inteligente” para desestimular a prática de crimes.
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