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Sexta - 13 de Julho de 2012 às 16:59

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Reprodução/TVCA
Pacientes ficaram om várias feridas durante tratamento na clínica
Pacientes ficaram om várias feridas durante tratamento na clínica

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) declarou que vai investigar sobre a existência de um profissional responsável pela clínica de estética Plena Forma, em Cuiabá, onde mais de 20 pacientes apresentaram reações negativas a um tratamento à base de enzimas para eliminar gorduras localizadas. A presidente da instituição, Dalva Alves, disse que irá entrar em contato com o Ministério Público Estadual (MPE) para que também tomem alguma providência. A proprietária da clínica não quis comentar o caso.

Ela orienta ainda aqueles que buscam tratamentos estéticos para evitar transtornos. "Quando vão procurar um tratamento de beleza, as pessoas têm que verificar se o profissional está habilitado para fazer aquele tratamento, se não um tratamento que era para ser simples se torna muito complicado", avalia.

Para tratar as pacientes vítimas do tratamento, a Vigilância Epidemiológica disse que será criado um  centro de referência no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, região metropolitana da capital. "A partir do momento que o estado foi notificado pela Vigilância Sanitária já começamos a nos organizar para centralizar o tratamento desses casos no Hospital Metropolitano", frisou o coordenador da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Juliano da Silva.

Ele explica que há uma semana começou o trabalho de investigação para averiguar as irregularidades na clínica. A interdição do estabelecimento ocorreu no início desta semana e os produtos utilizados no tratamento à base de enzimas já foram apreendidos.

Uma das pacientes contou que depois que começou a fazer o tratamento sentiu fortes dores que sequer conseguia dormir e comer direito. "Fiz oito aplicações. A partir da sexta aplicação comecei a sentir sintomas, nódulos na minha barriga toda, só que aí passei para a enfermeira da clínica e ela falou que era normal", afirmou. Ela ficou com feridas, vermelhidão e inchaço.

Mesmo com a gravidade dos sintomas, ela disse que a enfermeira que fez as aplicações sugeriu um tratamento caseiro. "Eu insisti que eu precisava fazer um tratamento porque isso não era normal. Na verdade, é a primeira vez que mexo com estética. Aí ela me passou folha de algodão, as pessoas antigas usam isso como anti-inflamatório. O sumo da folha de algodão".

 Outra paciente começou a sentir os efeitos após a terceira aplicação. Ela disse ter ficado assustada com a justificativa da enfermeira. "Ela disse que era só uma pequena reação, que eles tinham comprado o lote de enzima errado". Ela tentou retirar o produto do corpo, mas foi ainda mais dolorosa. "Furavam e me espremiam falando que aquele produto iria sair e que aquela situação que eu tava passando naquele momento iria acabar", afirmou.

 Até então, a paciente não sabia o que estava acontecendo, até que uma agente da Vigilância Sanitária foi ao local e fez o alerta. "Entrou uma agente da Vigilância Sanitária dizendo que queria conversar comigo e tiraram os aparelhos de mim. Eu entrei na sala e ela me disse que estava infectada com essa bactéria que podia me levar até a morte".

O laudo assinado por um médico infectologista confirmou a causa da reação nas duas clientes. Trata-se de uma microbactéria que se espalha rapidamente pelo organismo. A infecção pode ter sido causada pela falta de esterilização dos materiais. "A partir do momento que tivermos a confirmação da origem do dano vamos comunicar aos conselhos regionais de classe para que apurem as irregularidades e infrações que porventura tiverem ocorrido junto aos profissionais que realizar esses procedimentos", disse o coordenador da Vigilância Sanitária de Cuiabá, Wagner Coelho.





Fonte: Do G1 MT

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