MT deve receber cerca de R$ 750 milhões pelos vagões do VLT Governadores de MT e da BA devem ser encontrar nesta quarta-feira em Brasília para fechar negócio
Mato Grosso deve receber R$ 750 milhões do Governo da Bahia pela venda de 40 vagões do VLT (Veiculo Leve sobre Trilhos). A informação foi divulgada nesta terça-feira (18) pelo Portal A Tarde, de Salvador, e confirmada pelo MidiaNews (veja publicação AQUI).
A concretização da venda deve ocorrer em um encontro entre os governadores Mauro Mendes (União) e Jerônimo Rodrigues (PT), da Bahia, os secretários de Fazenda dos dois estados, representantes dos tribunais de contas estaduais, e o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, na tarde desta quarta-feira (18), em Brasília.
Ao site baiano, Jerônimo Rodrigues revelou que tem esperanças que a negociação, que ocorre desde o fim do ano passado, seja enfim concretizada.
“Amanhã, eu estarei em Brasília, em uma agenda no TCU com o governo do Mato Grosso, fechando [o negócio]. Espero que dê certo. Tenho um indicativo de amanhã à tarde, a gente poder dialogar [...] fechando o último acordo, que eu espero que dê certo, dos trens para o VLT”, disse Jerônimo.
Inicialmente, o Estado de Mato Grosso tentava vender os vagões por R$ 1,2 bilhão, e o Executivo baiano teria oferecido R$ 600 milhões. O acordo de R$ 750 milhões teria atendido ao interesse de ambos.
Fontes ligadas ao Governo do Estado garantem que o Mendes fará um “bom negócio” com a venda dos vagões. “Vai recuperar boa parte do recurso desviado”, disse um interlocutor, que afirmou que o valor se aproxima dos R$ 800 milhões.
Os trens foram adquiridos em 2013, pelo Governo Silval Barbosa (MDB) por cerca de R$ 500 milhões.
Eles seriam utilizados no VLT que ligaria os municípios de Cuiabá e Várzea Grande, em uma das centenas de obras no país que estavam sendo preparadas para a Copa do Mundo de 2014.
No entanto, em razão do atraso das obras e da inviabilidade de continuá-las, o Mauro Mendes enterrou o projeto e definiu pela implementação do BRT (ônibus de trânsito rápido) em 2020.
Na delação premiada firmada em 2017, Silval revelou que recebeu propina pela compra dos vagões.
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