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Policia MT
Quarta - 26 de Junho de 2024 às 10:08
Por: Diário de Cuiabá

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A Polícia Civil de Mato Grosso, em investigação conjunta da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Tapurah (433 km a Médio-Norte de Cuiabá), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26), a Operação Assintonia.

O foco é uma organização criminosa envolvida com o comércio de drogas, armas de fogo e munições e lavagem de dinheiro, na região Médio-Norte de Mato Grosso.


Foram cumpridos na operação 72 ordens judiciais, sendo para cumprimento de 22 mandados de prisão preventiva, 24 mandados de busca e apreensão e 26 bloqueios de contas bancárias.

Os mandados judiciais foram deferidos pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista da 5ª Vara Criminal de Combate ao Crime Organizado de Sinop e foram cumpridos nas cidades de Cuiabá, Tapurah, Itanhangá, Porto dos Gaúchos, Boa Esperança, e Quintana (SP).

O cumprimento do mandado em São Paulo conta com apoio de policiais da Delegacia Seccional de Polícia de Tupã (SP).

Entre os alvos da operação está um dos principais líderes de uma facção criminosa na região Médio-Norte do Estado e que, atualmente, está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Ele tem extensa ficha criminal por atuação com comércio de drogas e armas de fogo, além de ordenar roubos e assassinatos em série.

As ordens para a prática de roubos e homicídios, assim como a negociação das armas de fogo, ocorrem de dentro do presídio, por meio de mensagens e ligações de celulares.

O investigado, segundo a Polícia, tem grande influência no mundo do crime e na liderança exercida sobre os “soldados da sua tropa”, que atuam especialmente nas cidades de Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte e Sorriso.

LOJINHAS - As investigações apontam que o grupo atua na comercialização de entorpecentes devendo os integrantes, ao final de cada mês, enviar à liderança os lucros obtidos pela loja, além de fazer uma prestação de contas das venda.

CESTAS BÁSICAS - Utilizando estratégias de uma política assistencialista usada pelo crime organizado, o grupo criminoso investe na organização de festas, financiamento de times de futebol amador e distribuição de cestas básicas.

Com a técnica, o grupo criminoso busca cooptar o cidadão, que em troca dos benefícios fica a mercê do crime organizado, deixando de denunciar crimes e não colaborando com as investigações.

ARMAS E MUNIÇÕES - Durante as investigações foram colhidas diversos elementos de prova relacionados à comercialização de entorpecentes e armas de fogo (pistolas, carabinas, revólveres e um fuzil), munições e explosivos, coordenadas pelo líder do grupo e seus comparsas.

As investigações apontam que aquisições das armas de fogo não são apenas para revenda/comércio, mas para o cometimento de crimes, como assaltos e assassinatos de integrantes de facções rivais, bem como a agentes de segurança pública.

CADASTRO DE EMPRESAS - Além de coordenar todo o tráfico de entorpecentes na região norte de Mato Grosso, o investigado também é responsável por impor uma espécie de cobrança/mensalidade às empresas locais da região, para que estas sejam “protegidas” pela facção criminosa, garantindo assim, que não serão roubadas/furtadas, e caso seja, tenha seu problema resolvido pelo grupo criminoso.





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