Lojistas do camelódromo ocupam rua para montar bancas; veja Comerciantes e funcionários foram afetados pelo incêndio que destruiu o Shopping Popular
Nove dias após o incêndio que reduziu a cinzas o Shopping Popular, os lojistas ocuparam, nesta quarta-feira (24), a rua lateral ao antigo centro comercial.
Está complicado, no primeiro dia eu não vim muito equipada.
As primeiras bancas começaram a ser colocadas nas calçadas de outros comércios, cerca de dois dias depois da tragédia, que aconteceu na segunda-feira (15) passada.
Menos de uma semana depois, já eram mais de 50 lojistas no local. No sábado (20), as primeiras bancas começaram a “invadir” a rua e, nesta quarta, a via foi tomada por bancas dos mais diversos segmentos.
Comidas, roupas e eletrônicos: os clientes caminham por entre os corredores escolhendo seus produtos. A cada três passos, os lojistas oferecem suas mercadorias e tentam “vender seu peixe”.
A vendedora Suelen disse estar se adaptando ao local, mesmo tendo que enfrentar o Sol e o calor intenso.
“Está complicado, no primeiro dia eu não vim muito equipada. Agora estamos vindo com blusa, com proteção, porque não é fácil. Estamos bebendo bastante água”, disse.
Apesar das dificuldades, ela diz estar conseguindo vender bem nesses últimos dias. “Estamos trazendo variedade, alguns novos modelos de óculos, então está sendo mais fácil para vender”, afirmou.
Victor Ostetti/MidiaNews
Vendedores e clientes em bancas na rua
Danilo Augusto parou no local para comprar uma água de coco. “A logística está um pouquinho complicada, mas pensando no que aconteceu, a gente faz um esforcinho para dar uma força”, disse.
O que impressionou o cliente foi a rápida organização da categoria para retomar o atendimento. “Hoje a gente passa aqui e sente o impacto da situação, mas vê também a organização do pessoal para prestar o serviço de qualidade”, afirmou.
O incêndio
O incêndio do Shopping Popular aconteceu na madrugada de segunda-feira (15) passada.
Vídeos que circulavam nas redes mostravam a proporção das chamas e o desespero de comerciantes que acompanhavam impotentes seu ganha-pão sendo consumido pelo fogo.
As chamas reduziram o imóvel a escombros, prejudicando cerca de 2 mil pessoas, entre lojistas e funcionários.
Após a tragédia, veio à tona a informação de que o prédio não tinha seguro, por decisão do presidente da associação local, Misael Galvão.
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