Eduardo Botelho diz que declaração de Riva foi inoportuna

O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT) e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Eduardo Botelho (União), classificou como "inoportunas" as declarações do ex-deputado José Geraldo Riva, que afirmou que sua filha, deputada Janaina Riva (MDB), poderia ir para oposição, caso o governo usasse a máquina para derrotá-la na disputa pela primeira-secretaria da Mesa Diretora do Poder Legislativo.

“Eu só acho que foi inoportuno. O que ele fala, é ele quem decide o que ele fala. Mas tendo em vista o momento, a única coisa que eu posso dizer, é que foi inoportuno, ainda mais em um momento desse”, disse Botelho.

Apesar da declaração do pai, Botelho acredita que a parlamentar não tem a intenção de ir para aposição e que ela nunca fez esse tipo de afirmação. “Ela nunca disse que iria para oposição, caso ela perca a primeira-secretaria. Eu nunca ouvi isso dela. Ela nunca externou isso para nenhum deputado. Então eu não acredito que ela tenha esse desejo”, completou afirmando que Janaina e seu pai tem CPF e pensamentos diferentes. “[Ele falou] mais com fígado de pai”, pontua Botelho.

Já sobre um possível impacto e sua campanha, caso o governo consiga derrotar Janaina Riva pela primeira-secretaria na eleição da Mesa Diretora de 7 de agosto, Botelho acredita que Janaina o deixará de apoiar para à prefeitura de Cuiabá, caso seja derrotada.

"Eu espero que não, mesmo por causa da nossa amizade. Ela é uma das entusiastas da minha campanha, da minha candidatura, ela sempre me incentivou desde antes mesmo de eu anunciar que era candidato, ela vinha incentivando essa candidatura. Então eu espero que ela continue firme junto conosco nesse projeto de unir para mudar Cuiabá".

Nas últimas semanas o governo Mauro Mendes (União) decidiu escancarar a sua intenção de evitar que Janaina Riva (MDB) seja a primeira-secretária da Assembleia no biênio 2025/2026. Tanto que a Casa Civil passou a atuar individualmente com cada parlamentar tentando convencê-los em retirar o apoio à deputada.

O governo já apresentou os nomes de Beto 2 a 1 e do líder Dilmar Dal Bosco, ambos do União Brasil, e nesta semana sugeriu o nome de Carlos Avallone (PSDB). A eleição acontece no dia 7 de agosto.