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Saúde
Sábado - 03 de Agosto de 2024 às 10:14
Por: Joeli Cruz - Especial para o GD

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Wilson Dias Agência Brasil

O leite materno é essencial nos primeiros meses de vida dos bebês. Entre os benefícios, por exemplo, a amamentação pode evitar a morte de crianças menores de 5 anos. Trata-se de um alimento completo que possui todos os nutrientes que o bebê precisa, e é mais fácil para digerir.

Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam manter o aleitamento materno até os 2 anos ou mais, oferecendo só leite da mãe até o 6º mês de vida.

As taxas de aleitamento materno vêm crescendo no Brasil e uma pesquisa inédita coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra como a amamentação está presente na vida de crianças de até 2 anos e suas mães. O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), encomendado pelo Ministério da Saúde, mostra que metade das crianças brasileiras é amamentada por mais de 1 ano e 4 meses.

Conforme levantamento, o aleitamento materno prolongado reduz em 13% o risco de sobrepeso e obesidade, ajudando a combater doenças não transmissíveis causadas pela obesidade. Também diminui o risco de diabete tipo 2 em 35%. Além de alimentar a criança, ainda possui anticorpos que a protegem contra diversas doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias.

Amamentação e rotina

Mãe de duas crianças, a vendedora Juliane de Almeida Lima, 31, disse que é a importância da amamentação é um dos bens mais valiosos para a proteção dos filhos. "O leite materno tem um grande poder de cuidar e proteger os nossos filhos, ele tem uma riqueza de proteínas e claro onde a descontração do amor é grande. Ao sentir o toque do seu filho e ter ele ao seu lado. É uma dádiva que termos para proteger eles".

Juliane diz que o primeiro filho mamou até os 2 anos e meio, na época estava desempregada e tinha mais tempo para ficar com o filho. Ela conta que o desenvolvimento de seu primogênito foi melhor por conta do tempo que o amamentou.

"O desenvolvimento foi ótimo graças à amamentação. Eu estava desempregado na época, então tive mais tempo com ele".

A mãe conta ainda que o segundo filho amamentou até os 6 meses por conta do trabalho. Após o nascimento, ela teve que voltar ao serviço mais cedo. "Fiquei muito triste nessa época por deixar de amamentá-lo", conta.

"Então, a rotina de trabalho não permitiu vivenciar esse momento maravilhoso da amamentação. O meu segundo filho é a criança que mais adoece. Foi um pouco difícil quando parei de amamentar, sofri muito", lembra.

A mãe lamentar não poder ter dado o mesmo tempo de amamentação ao caçula. Para ela, a sensação de alimentar o bebê com seu leite é indescritível. "A sensação é maravilhosa, é ali onde você tem todo amor e cuidado com seu filho, onde a demonstração de cuidado está em cada toque, em cada olhar que você direcionar".


A pediatra Mariella da Gama Fortunato explicou ao Gazeta Digital que o leite materno é o alimento mais completo para o bebê nas suas primeiras horas de vida desde o colostro. "Com variações em sua composição desde o colostro até o leite propriamente dito após a apojadura, contemplando todas as necessidades calóricas e hídricas do ser humano, dispensando inclusive ingesta de água no período de aleitamento exclusivo", destaca. "O ato de amamentar é uma entrega de amor incondicional, superando todas as dificuldades inerentes ao período. O leite materno é nutritivo, protege contra infecções e evita desenvolvimento de alergia alimentar precoce" completa a pediatra.

A pediatra ainda deixa uma mensagem a todos as mulheres e mães.

Banco de Leite Humano do HGU
O bando atende todo o estado e alimenta bebês que estão internados, sem contato com a mãe. As mulheres que queiram doar precisam somente procurar o Banco de Leite Humano do Hospital Universitário Júlio Muller pelo telefone de contato (65) 3615-7203, que também é WhatsApp, para captação do alimento. Com objetivo de apoiar e incentivar a amamentação, os profissionais buscam leite para destruir para bebês prematuros que estão internados na unidade da UTINEO do Hospital.

"As mães que desejam ser doadoras de leite materno não precisam ir até o Banco de Leite. Os profissionais fazem visita domiciliar no município de Cuiabá e Várzea Grande para recolherem o leite materno e os próprios profissionais levam frascos de vidro com tampa plástica estéril e buscamos o leite doado na casa da doadora" orienta o profissional Andriel Figueiredo.

Mais informações pelo telefone (65) 3615-7203.





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